sexta-feira, 18 de agosto de 2017

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Anotações do Livro de Pedro Demo - Educar pela Pesquisa








ELABORAÇÃO DE PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA: PESQUISA E AUTORIA AS TRANSFORMAÇÕES DE METODOLOGIAS EM SALA DE AULA: POSSIBILIDADES E DESAFIOS PARA OS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL.

  
ELABORAÇÃO DE PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA: PESQUISA E AUTORIA







AS TRANSFORMAÇÕES DE METODOLOGIAS EM SALA DE AULA: POSSIBILIDADES E DESAFIOS PARA OS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL.






Roseli Silva Minzon

 







NOVA ANDRADINA

JULHO/2017

 



       SUMÁRIO



1- INTRODUÇÃO...................................................................................................3

2- OBJETIVOS................................................... ...................................................4

3- JUSTIFICATIVA ......................................................................................5


4- METODOLOGIAS .............................................................................................6

7- REFERENCIAS..................................................................................................7

8- ANEXOS...........................................................................................................10














INTRODUÇÃO
 Com as mudanças e transformações pela qual encontra a sociedade, os governos vêm “apostando” ou “reciclando”, “novas” metodologias para serem trabalhadas em sala de aula, com o objetivo de fazer com que os alunos aprendam através de meios diversificados de metodologias, sem ser o professor o centro da educação, mas o aluno o foco do conhecimento. Para isso se faz necessário esse projeto, para que possa estudar sobre essas “novas” metodologias que são propostas pelo Estado do Mato Grosso do Sul, seus prós e contras e de que forma elas podem contribuir para auxiliar o professor e incentivar o conhecimento do aluno, quebrando assim paradigmas referentes a sala de aula e a forma de aprender superando desafios.
Por isso não pode haver um faz de conta dentro das salas de aulas, mudando as nomenclaturas, dizendo que faz desse ou daquele jeito, mas não saber fazer ao certo, o cerne é o aluno, sua aprendizagem, sua participação efetiva no processo de conhecimento, autoria, no protagonismo juvenil.
O professor, sendo mediador, não perde seu papel insubstituível, tem-se que perder o medo da mudança, na sociedade atual a mudança seria a única constância em nossas vidas. O papel do professor (seja ele professor, mediador, tutor, mentor), nunca deixará de existir e sempre será importante na sociedade, o lugar certo do professor, então, é de mediador no sentido “ativo" de parceria fundamental, decisiva para a construção da autoria e autonomia discente.
Nesse sentido este projeto visa colaborar com toda a comunidade escolar, conhecendo desafios, buscando soluções sempre de forma colaborativa e respeitando as peculiaridades locais.




OBJETIVOS

Geral
Compreender e auxiliar nas mudanças da prática pedagógica das escolas (professores, coordenadores, diretores, secretaria, comunidade escolar) para atender os alunos do século XXI.

 Específicos
     Conhecer os principais desafios para a mudança das práticas pedagógicas.
     Analisar teoria e prática afim de convergi-las para o conhecimento com aplicações em sala de aula.
     Apontar as características (diferenças e similaridades se houver) do modelo de aula tradicional do modelo de aula contemporâneo para que ambas possam direcionar o aluno a aprendizagem.
     Estimular a pesquisa através da mediação.
     Compreender a metodologia de pesquisa e a metodologia da problematização como caminhos para aprendizagem do aluno.
     Perceber o professor como mediador de todo o processo de conhecimento e sua importância no contexto atual para a autonomia do aluno.
     Incentivar o trabalho colaborativo entre os professores de áreas diferentes.
     Fomentar a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade.
     Propor ações diferenciadas para a superação da educação convencional.
     Auxiliar na produção de material didático para que o professor mediador se torne um professor autor.


JUSTIFICATIVA
Na atual conjuntura, faz-se necessário uma transformação das metodologias aplicadas em sala de aula, por isso a mudança é fundamental para a questão de aprendizagem. Não pode-se aceitar o sistema, o modelo educacional ao qual se encontra e não propor alternativas de mudanças visando uma educação ativa. Partira-se da iniciativa do professor em sala de aula em propor metodologias diferenciadas baseadas em pesquisa e problematizações para despertar a curiosidade do aluno, para que juntos, professor e aluno possam caminhar para um conhecimento eficaz aprendendo e (re)aprendendo constantemente, para isso o professor deverá ter formação contínua, precisará ser o mediador da aprendizagem do aluno, valorizando todo os conhecimento prévio que o mesmo já possui e aprendendo a trabalhar em grupos, evitando assim a fragmentação que existe na educação em todos os sentidos.
Para Barbosa e Moura (2013, p. 51). A escola tradicional seria transformada em espaços de aprendizagem, base de uma sociedade sustentada em aprendizagem intensiva. É uma visão de aprendizagem radicalmente diferente do modelo convencional de sala de aula, onde o quadro negro e o professor se impõe perante os alunos como a quinta-essência do espaço de aprendizagem da era industrial
Por isso é de fundamental importância um projeto que venha de encontro com as necessidades atuais dos professores da educação básica do Estado do Mato Grosso do Sul, auxiliando-os com propostas inovadoras e incentivos para a transformação em sala. Sabe-se que os resultados não virão de forma rápida e nem práticas concretas, mas tem se a certeza que a construção em conjunto tem grande probabilidade de sucesso e ao longo do processo as práticas irão se concretizar.
De acordo com Caldwell e Spinks (1998), citado por Barbosa e Moura (2013), uma de suas previsões é que os fundamentos da educação vão se expandir para incluir práticas de solução de problemas, estímulo à criatividade, inovação e capacitação do indivíduo para aprendizagem ao longo da vida.  A aprendizagem acontece em todas as fases da vida e deve - se trazer os alunos para seu contexto social, para a realidade que vivenciam e não somente “problemas imaginários”, onde os alunos não entenderão sua aplicabilidade, não compreendem a linguagem do professor e por isso desistem de aprender.
Mais do que o ensino, a aplicação da pesquisa na escola conduz ao domínio das habilidades didáticas renovadoras pela discussão, pela leitura, pela observação, pela coleta de dados para comprovação de conjecturas sobre os fatos pela análise criativa das deduções, conclusões e, sobretudo, pela reconstrução do conhecimento a partir daquilo que os alunos já sabem. (NINIM, 2008, p. 20).
A pesquisa para os professores e alunos da Educação Básica tem que se apresentar de uma maneira amena, natural e o professor tem que ser um parceiro do aluno neste processo de aprendizagem e oferecer indicações diversas que suscitam a curiosidade dos alunos em busca do saber e respeitar o tempo de cada um para a construção do conhecimento.
Para Ninin (p.23, 2008), a pesquisa é, então, entendida como um instrumento problematizador que, quando planejada e mediada pelo professor, faz do aluno-copiador um aluno-pesquisador. A questão é que muitas vezes pela quantidade de informações, os professores veem-se despreparados para orientar seus alunos em relação à tarefa de pesquisar.

É fundamental que o professor participe do processo de repensar a construção do conhecimento, na qual a mediação e a interação são os pressupostos essenciais para que ocorra aprendizagem. Contudo, a mudança na prática pedagógica não deve acontecer de forma agressiva para o professor, nem para o acadêmico, evitando-se assim a queima de etapas. A opção por uma metodologia ativa deve ser feita de forma consciente, pensada e, sobretudo, preparada para não tirar do professor a alegria de ensinar. Está mais do que na hora de rever a prática pedagógica universitária para que os futuros profissionais não sejam mais rotulados como “cópias”, que cursou a faculdade reproduzindo o saber existente, sem acrescentar nada de novo. Uma proposta construtivista para o ensino superior consiste em educar para a autonomia, através de metodologias inovadoras, para a descoberta, utilizando-se da pesquisa, participação dos alunos, trabalhos em grupo, como um meio de aprofundar e resinificar conhecimentos. (BORGES E ALENCAR, 2014, 120)


Assim, precisa-se urgentemente ultrapassar o saber superficial pautado no acúmulo de informações, isso não levará nossos alunos a nada, dará –se um exemplo superficial, mas quem expressará muito bem a frase anterior: se fomos analisar as adolescentes de 10 à 15 anos, a maioria tem a informação que se tiverem relação sexual sem o uso de métodos anticoncepcionais irão engravidar, mas porque mesmo assim a cada ano cresce o número de adolescentes grávidas? A informação têm, acontece que não basta apenas ter informações, é o uso que você faz daquilo que você sabe, se não for de interesse, não irá acrescentar em absolutamente nada na vida. Agora imagine uma sala de aula, com seis aulas diárias, a gama de informações perdidas que existe.
Para isso este projeto se fará presente, para compreender o real papel do professor do século XXI, o professor mediador que instigue o aluno a pesquisar, a problematizar e não que tenha respostar prontas e acabadas para todas as perguntas, dúvidas que o aluno possa ter, não é dar respostas e sim meios para que o próprio aluno busque “suas verdades” de acordo com o contexto e a época a qual se encontra, frisando que nenhuma mentira ou verdade seja absoluta, tudo é relativo é a única certeza que podemos dar aos alunos.

METODOLOGIAS
Será realizada primeiramente uma pesquisa bibliográfica com autores que tratam deste tema, como por exemplo: Pedro Demo, Paulo Gilene Cysneiros, Paulo Freire, Antonio Carlos Gomes da Costa, Viviane Mosé, José Pacheco, Neusi Aparecida Navas Berbel, entre outros.
 Será feita também uma pesquisa em algumas escolas que usam metodologias diferenciadas e seus resultados, principalmente escolas Integrais e de Autoria, será realizada uma pesquisa com professores e alunos da cidade de Nova Andradina e região a respeito da educação em suas escolas. O questionário aplicado será por amostragem, e depois escolhido aleatoriamente alguns professores e alunos para uma entrevista qualitativa com perguntas abertas.
Por fim, com a colaboração de todos os envolvidos na pesquisa será sugerido tipos diferenciados de metodologias em sala de aula em uma oficina de formação para os professores visando a capacitação contínua dos mesmos e o trabalho em grupos, visando a continuidade destes trabalhos nos próximos anos aumentando a rede de professores pesquisadores.




REFERENCIAS

BERBEL, Neusi Aparecida Navas, As metodologias ativas e a promoção da autonomia de estudantes, Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 32, n. 1, p. 25-40, jan./jun. 2011.

Cairu em Revista., Metodologias ativas na promoção da formação crítica do estudante: o uso das metodologias ativas como recurso didático na formação crítica do estudante do ensino superior. Bahia, n° 04, Jul/Ago 2014.

COSTA, Antônio Carlos Gomes da. Por uma pedagogia da presença.

Com. Ciências Saúde. A prática da Metodologia Ativa: compreensão dos discentes enquanto autores do processo ensino aprendizagem, Bárbara de Caldas Melo e Geisa Sant’Ana, p.327- 339, 2012. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/pratica_metodologia_ativa.pdf acesso em: 17/05/2017.

COSTA, Antônio Carlos Gomes da. Aventura pedagógica: Caminhos e descaminhos de uma ação educativa, 1 º ed. SP: Columbus Cultural Editora, 1990.

DEMO, P.  Metodologias Ativas Estratégias para salvar a aula, ensaio 94, 2016.

FAZENDA, Ivani Catarina Arantes, Integração e Interdisciplinaridade  no ensino brasileiro Efetividade ou ideologia.  6º ed. SP: Edições Loyola, 2011.

Filosofia e Educação (Online). A metodologia da problematização com o Arco de Maguerez uma perspectiva teórica e epistemológica, Neusi Aparecida Navas Berbel e Sílvio Ancizar Sánchez, Volume 3, Número 2, Outubro de 2011 – Março de 2012. Disponível em: http://ojs.fe.unicamp.br/ged/rfe/article/view/2363 acesso em: 17/05/2017


MAGUEREZ, C. Elementos para uma pedagogia de massa na assistência técnica agrícola. In. MAGUEREZ, C. Análise do sistema paulista de assistência à agricultura. Campinas, 1970. Extraído do Relatório apresentado à Coordenadoria de Assistência Técnica Integral - CATI.

SAVIANI, D. A pedagogia no Brasil. História e teoria. Campinas: Autores Associados, 2008.










PROJETO: ADOLESCÊNCIA E SEXUALIDADE: GRAVIDEZ E OUTROS RISCOS - Roseli Silva Minzon

PROJETO: ADOLESCÊNCIA E SEXUALIDADE: GRAVIDEZ E OUTROS RISCOS
Roseli Silva Minzon

 SUMÁRIO


1 - INTRODUÇÃO.......................................................................................2
2 - OBJETIVOS...........................................................................................2
3 - JUSTIFICATIVA.....................................................................................3
4 - REVISÃO TEÓRICA..............................................................................4
5 - METODOLOGIA.....................................................................................7
5.1 – RECURSOS ......................................................................................9
6 - CRONOGRAMA...................................................................................10
7 – REFERÊNCIAS...................................................................................11
ANEXOS....................................................................................................14
ANEXO I ...................................................................................................15
ANEXO II...................................................................................................17
ANEXO III .................................................................................................19
ANEXO IV..................................................................................................21
ANEXO V...................................................................................................23
ANEXO VI..................................................................................................25
ANEXO VII.................................................................................................26
ANEXO VIII................................................................................................28
ANEXO IX..................................................................................................29
ANEXO X...................................................................................................31
ANEXO XI..................................................................................................32
ANEXO XII.................................................................................................33
ANEXO XIII................................................................................................35
ANEXO XIV...............................................................................................36
  


1- INTRODUÇÃO        
     
Esse tema Adolescência e Sexualidade: Gravidez e outros riscos, se faz necessário pelo contexto social ao qual estamos inseridos, onde atinge uma grande parcela de adolescentes que estudam no Ensino Fundamental e Ensino Médio. Essa relação acaba refletindo sobre a evasão escolar, com consequências danosas e até irreversíveis a esses alunos. A ocorrência da gravidez precoce entre adolescentes sempre foi algo constante na cidade, gerando grande preocupação por parte da escola, por essa questão é fundamental que a escola juntamente com a comunidade escolar e os órgãos competentes do município participem da formação destas alunas e alunos auxiliando-os na prevenção (uso de preservativos, anticoncepcionais), no planejamento familiar e conscientizar dos riscos de relações sexuais precoces.
Essa fase da adolescência requer atenção dobrada, pela transição entre a infância e a idade adulta onde escolhas e atos irão interferir em toda a vida dos adolescentes. Entende-se que a gravidez precoce seja um problema social e nesse sentido a escola deve assumir a função de promover ações que possam auxiliar, sensibilizar e realmente produzir conhecimento que se torne prático e eficaz na prevenção da gravidez na adolescência e outros riscos.
Dessa forma, esse projeto Adolescência e Sexualidade: Gravidez e outros riscos é essencial para fomentar a discussão sobre o tema, através de ambientes de aprendizagem que faça o aluno refletir sua prática cotidiana, com palestras com profissionais da saúde, análises estatísticas, pesquisas de campo, dinâmicas, realização de questionários, entrevistas, visita ao orfanato: Lar São José, visita ao asilo, leitura de artigos científicos, seminários, mesas redondas, apresentações teatrais.

2- OBJETIVOS   
             
Objetivo Geral:
·      Sensibilizar os adolescente e comunidade escolar sobre a responsabilidade de uma gravidez na adolescência, a importância da informação e de métodos contraceptivos para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e as consequências de relações sexuais precoces sem as devidas precauções para os adolescentes e toda a sociedade em questão.

Objetivos Específicos:
·      Conhecer os tipos de doenças sexualmente transmissíveis.
·      Identificar o alto número de gravidez na adolescência.
·      Levantar dados sobre a gravidez na adolescência no município.
·      Orientar os alunos a um comportamento responsável.
·      Superar o preconceito nas escolas para tratar do tema comportamento sexual.
·      Enfatizar o debate sobre a gravidez na adolescência no espaço da escola.
·      Sensibilizar o aluno quanto as crianças abandonadas em orfanatos por mães adolescentes e idosos nos asilos.
·      Propor ações para diminuir os casos de gravidez na adolescência.
·      Discutir as questões sociais sobre a adolescência e sexualidade.

3     - JUSTIFICATIVA  
   
As contribuições que esse projeto visa é no sentido de proporcionar respostas aos problemas propostos, no caso promover a discussão e sensibilizar os alunos para as questões relativas a relações sexuais precoces, gravidez na adolescência, o uso de métodos contraceptivos e a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis.
É de total relevância social o problema a ser investigado pois trará informações para a comunidade escolar, sobre as consequências de uma gravidez indesejada, onde a mesma afeta familiares,  desempenho e a evasão escolar, por isso se faz necessário a intervenção da escola neste sentido, afim de informar, criar condições e possiblidades para que os alunos previnam-se, pois em sua maioria, esses jovens não estão preparados emocionalmente e financeiramente para assumir este tipo de responsabilidade que faz com que muitos adolescentes deixem seus estudos, saiam de casa, cometam abortos e até mesmo abandonem as crianças sem saber o que fazer fugindo da própria realidade.
A gravidez pode estar relacionada a diversos fatores sociais: estrutura familiar, formação psicológica, falta de perspectivas de vida, iniciação sexual precoce, falta de informações. Por esses motivos, a participação da família na vida do adolescente é fundamental e a intervenção da escola no sentindo de informar e conscientizar a vida destes alunos nesta questão é fundamental. Não se pode fingir que nada está acontecendo e viver um “faz de conta”, tem – se ao contrário, de ir de encontro com essa problemática e tentar através de várias maneiras encontrar possíveis soluções para amenizar a gravidez na adolescência, as doenças sexualmente transmissíveis e outros riscos, para que os alunos possam passar por essa fase de transição tranquilos, estudando, brincando como deve ser e não com uma responsabilidade que os mesmos não foram preparados.
     
4     - REVISÃO TEÓRICA   

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (BRASIL, 2000), o período adolescente engloba dos 10 aos 20 anos. Este período é caracterizado por profundas mudanças sociais, psicológicas e físicas, que irão refletir diretamente na personalidade do indivíduo, deve-se neste momento ficar atento a essas mudanças para que o aluno não seja prejudicado, mas que as mesmas se façam de forma natural e a constituir um caráter integro destes alunos.
Sociologicamente, a adolescência é o período de transição da dependência infantil para a autossuficiência adulta. Psicologicamente falando, é uma situação marginal na qual, novos ajustes, que diferenciam o comportamento da criança do comportamento do adulto em uma determinada sociedade, tem que ser realizados; e, fisiologicamente, ocorre no momento em que as funções reprodutivas amadurecem (MUUSS, 1976).
Assim, faz - se necessário trazer esse tema constantemente para a comunidade escolar, para os diversos espaços de aprendizagem, para que neste processo de mudança o adolescente tenha informação e consciência dos resultados de seus atos.
Segundo Ximenes Neto e Colaboradores (2007, pág. 279): A adolescência é uma fase da vida humana que se caracteriza por um conjunto de transformações deixando o indivíduo exposto a um modelo de vida até então desconhecido, de certa forma vulnerável, mas ao mesmo tempo, estabelecendo padrões comportamentais e sonhos que permearão por toda a vida. Tais padrões comportamentais se definem dentro de um ambiente que inclui a família, os pares, a escola, a sociedade que rodeia, dentre outros, onde o adolescente acaba sendo influenciado na formação e construção de sua personalidade.
Segundo Carvacho; Pinto e Silva; Mello (2008), as adolescentes sequer conhecem satisfatoriamente seu corpo. Por isso que em muitos casos se encontram em uma situação (a de gravidez), que sequer dão a devida importância, a maioria dos casos de gravidez na adolescência é de meninos e meninas praticamente com a mesma idade, ambos descobrindo seus próprios corpos e apavorados com as consequências sem saber lidar com a nova situação, não conseguem muitas vezes lidar com o próprio conflito interno, suas mudanças, o conflito no campo da sexualidade e a gravidez precoce.

A atividade sexual na adolescência vem se iniciando cada vez mais precocemente, com consequências indesejáveis imediatas como o aumento da frequência de doenças sexualmente transmissíveis (DST) nessa faixa etária; e gravidez, muitas vezes também indesejável e que por isso, pode terminar em aborto (Basso et al, 1991; Mimica & Piato, 1991; Taquete, 1992; Oh et al, 1993; Crespin, 1998; Chabon et al., 2000).

Por isso, a gravidez nesta fase da vida representa uma das principais causas de morte de mulheres entre 15 e 19 anos, seja por complicações na própria gravidez ou pela prática clandestina de aborto (SOUZA, 2001). Adolescente sem estrutura alguma, resolvem por conta própria praticar o aborto no desespero da situação ao qual se encontram.
Por este motivo é fundamental tratar da questão da sexualidade nas escolas pois a mesma existe desde o nascimento e varia de intensidade segundo o ciclo vital. A sexualidade representa o ser humano na sua essência e não há como se esquivar deste tema, muito pelo contrário ele deve ser tratado o mais cedo possível com naturalidade por toda a sociedade.
Para Moreira (2008, pág.314): A sexualidade é um elemento importante para a análise da dinâmica do adolescente. As mudanças físicas que caracterizam a fase incluem mudanças hormonais que, muitas vezes, provocam estados de excitação tidos como incontrolável. Nessa fase, também ocorre a consolidação do tipo de atração sexual vivida pelo indivíduo.
Nos dias atuais é rotineiro a os relacionamentos sexuais se iniciarem cada vez mais cedo e o número alto de troca de parceiros impulsionados pela imposição social que leva crianças a adolescerem precocemente e de forma semelhante, leva os adolescentes ingressarem rapidamente na vida adulta, mesmo não estando preparados psicologicamente.
 Moreira (2008) entende que:

A sexualidade pode ser pensada a partir de uma esfera na qual são construídas e transformadas relações sexuais, culturais e políticas, pelos diferentes valores, atitude e padrões de comportamentos em meio às referências que invadem seu imaginário. (MOREIRA, 2008, p.327)


 Não pode - se fechar os olhos para o que está acontecendo, acreditar que o problema seja somente do outro, nesta sociedade globalizada, tudo afeta a todos independente da etnia, classe social, escolarização, uma gravidez na adolescência, uma doença sexualmente transmissível, uma questão sexual não debatida, irá afetar de uma forma ou de outra toda sociedade.      
Segundo Melhado (2003), vários fatores estão associados à iniciativa precoce dos adolescentes na vida sexual, que vão do desequilíbrio familiar, como divórcios, maus tratos, relacionamento difícil com padrastos e madrastas, influência de amigos. O mesmo autor, baseado em diversos estudos, apresenta o ser humano como um ser sexual, que apresenta diversas etapas da sexualidade e uma adolescência mal assistida por pais e educadores acarreta consequências, como a maternidade e paternidade nesta fase da vida, além, é claro, das doenças sexualmente transmissíveis.

Segundo Maria Sylvia de Souza Vitalle e Olga Maria Silvério Amâncio:

(...) quando a atividade sexual tem como resultante a gravidez, gera consequências tardias e em longo prazo, tanto para a adolescente quanto para o recém-nascido. A adolescente poderá apresentar problemas de crescimento e desenvolvimento, emocionais e comportamentais, educacionais e de aprendizado, além de complicações da gravidez e problemas de parto. É por isso que alguns autores consideram a gravidez na adolescência como sendo uma das complicações da atividade sexual (VITALLE, AMANCIO in BALLONE; 2003, p.79)

Ainda segundo as autoras,

O contexto familiar tem uma relação direta com a época em que se inicia a atividade sexual. As adolescentes que iniciam vida sexual precocemente ou engravidam nesse período, geralmente vêm de famílias cujas mães se assemelharam a essa biografia, ou seja, também iniciaram vida sexual precoce ou engravidaram durante a adolescência (VITALLE, AMANCIO in Ballone, 2003).


Por isso, deve-se ressaltar que todos os ambientes são importantes para a discussão desse tema, de forma clara e natural, independente da classe social ou idade do aluno e o envolvimento de toda a comunidade escolar se faz necessária neste processo de construção do adolescente.

         5- METODOLOGIA                 

Um dos momentos primordiais durante o processo do projeto diz respeito à metodologia a ser empregada. Nas concepções de Nossa (2005) esta etapa denota-se como um processo interligado de procedimentos, convergidos na problemática do acesso, tratamento e emprego dos dados e informação.
Este projeto está fundamentado em trabalhar com os alunos da Educação Básica da Rede Estadual do Estado de Mato Grosso do Sul do município de Nova Andradina.
Entre as diversas possibilidades de trabalhar este tema, segue abaixo algumas possibilidades (sugere-se sempre que possível que trabalhe em grupos), que seguirá como anexo logo após as referências.
·      Momento de aprendizagem: Trabalhar o sistema reprodutor com os alunos, por meio  de slides, no laboratório, pesquisas.
·      Momento de aprendizagem: História da Sexualidade – Michel Foucault. Contextualizar os momentos históricos da sexualidade do ser humano
·      Momento de aprendizagem: Realizar uma pesquisa (secretaria de saúde), sobre os dados das pessoas com doenças sexualmente transmissíveis no Brasil e no município, afim de apresentar a comunidade os dados obtidos.
·      Momento de aprendizagem: Fazer uma pesquisa sobre a estatística das adolescentes grávidas e analisar os dados na aula de matemática.
·      Momento de aprendizagem: Fazer uma pesquisa com os profissionais da saúde: riscos e perigos sobre relações sexuais, doenças sexualmente transmissíveis e gravidez na adolescência.
·      Momento de aprendizagem: Pesquisar sobre os mais variados métodos contraceptivos femininos e masculinos (www.trabalhosescolares.net/gravidez-na-adolescencia/) e apresentar através de flipchart, cartazes, slides, vídeos.
·      Momento de aprendizagem: Filme: Juno. Analisar, discutir e debater sobre o filme contextualizando com a realidade dos adolescentes. Ao final fazer uma resenha sobre o filme
·      Momento de aprendizagem: Palavras cruzadas, com questões sobre o tema.
·      Momento de aprendizagem: Debate com os profissionais da educação do Município nas escolas, fazer uma mesa redonda com enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, sociólogos sobre diversos temas, por exemplo: o aborto.
·      Momento de aprendizagem: Visita a orfanatos e asilos, para os alunos vivenciarem certas situações na prática.
·      Momento de aprendizagem: Elaboração de charges, gibis sobre a questão da sexualidade, para oportunizar diversas situações para o aluno expor suas habilidades.
·      Momento de aprendizagem: Desenhos sobre a questão da sexualidade, doenças sexualmente transmissíveis e gravidez na adolescência, para ser feito em grupo e depois apresentar o significado para a sala.
·      Momento de aprendizagem: Debate sobre gêneros, (homens, mulheres, homossexuais), debater a questão social de gênero. Filme: O sorriso de Monalisa.
·      Momento de aprendizagem: Em grupo leitura dos textos e artigos (em anexo), sobre o tema trabalhado para discussão, debater e elaborar uma resenha crítica para apresentar para sala.
·      Momento de aprendizagem: Leituras sobre legislação para discutir a questão da pedofilia no Brasil.
·      Momento de aprendizagem: Poema “Adolescer”, após a leitura do poema, pedir para os alunos elaborarem um poema sobre sua sexualidade e adolescência e/ou compor uma música, uma paródia sobre o tema.
·      Momento de aprendizagem: Montar um questionário para aplicar com as mães -  O professor deverá junto com os alunos elaborar um questionário para que os mesmos apliquem com suas mães e avós (neste questionário deverá conter perguntas como por exemplo: Idade que engravidou? Já era casada? Como foi a gravidez? Maiores dificuldades? Maiores alegrias? Se pudesse o que faria diferente? Etc
·      Momento de aprendizagem: Montar um questionário para as alunas da escola. Estes questionários (elaboração e respostas), deverão ser feitos junto com os alunos (o professor não deverá trazer um questionário pronto), para que tanto as respostas e elaboração das perguntas sejam muito bem discutidas.
·      Dinâmica: Batata quente.
·      Dinâmica: Flor de papel.
·      Dinâmica: Totens
·      Dinâmica: Casos e acasos.
·      Dinâmica: E.T.
·      Dinâmica: Cuidando do ninho.
·      Dinâmica: Expressando sua sexualidade
·      Dinâmica: Por que tanta diferença.
·      Dinâmica: Estereótipos

5.1 - RECURSOS                
Humanos:
Professores;
Diretores;
Coordenadores;
Comunidade escolar;
Profissionais da área da saúde do munícipio.

Materiais:
Cartolinas; Folhas sulfites; Pincéis atômicos; Lápis de cor; Computadores; Projetores; Flip Chart; Balão; Aparelho de som; Papeis diversos; Canetas; Canetas hidrográficas; Fita Crepe; Adereços; Revistas; Jornais; Tesoura; Cola; Papel Crepom; Papel Manilha; Papel Cartão; Fotos.

6- CRONOGRAMA (2017)

ETAPAS

Escolha do tema                                   
Levantamento bibliográfico
Elaboração Projeto
Estudo do projeto e textos propostos/ professores
Organização do roteiro/ professores
Palestras
Momentos de aprendizagem
Dinâmicas em sala
Apresentação dos trabalhos
Análise dos resultados do projeto/professores



7- REFERÊNCIAS   

ABDALLAH, V.O.S. et al. Gravidez na adolescência: experiência em um hospital universitário. Pediatria Moderna, v. 34, n.9, p. 561-570, 1998.

AQUINO, E.M.L. et al. Adolescência e reprodução no Brasil: a heterogeneidade dos perfis sociais. Cad. Saúde Pública, vol.19, suppl.2, p. 377-388, 2003.

ARILHA, M.; RIDENTI,S. U.; MEDRADO, B. (Orgs.) Homens e Masculinidades: outras palavras. 1. ed. São Paulo: Ecos Editora, 34, v. 1., 1998. 304p.

BELO, M.A.; SILVA, J.L. Conhecimento, atitude e prática sobre métodos anticoncepcionais entre adolescentes gestantes. Revista Saúde Pública, v.38, n.4, p.479-487, ago. 2004. BERQUÓ, E. (org). Comportamento sexual da população brasileira sobre HIV/Aids. Relatório final de pesquisa. Ministério da Saúde – SPS-CNDST/Aids, 1999.136p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da criança e do adolescente. Diário Oficial da União. Brasília, 16 jul. 1990. 1356 p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Guia da Adolescência. Departamento de Adolescência da SBP- Orientação para profissionais da área médica, 2000.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Assistência à Saúde. DATASUS. Sistema de Informações Hospitalares. Brasília, 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações programáticas Estratégicas. Marco teórico e referencial: saúde sexual e saúde reprodutiva de adolescentes e jovens. Brasília, 2006. 56p.

 BRUNO, Z. V. et al. Reincidência de gravidez em adolescentes. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v.31, n.10, p.480-484, out. 2009.

CABRAL, C.S.; HEILBORN, M.L. Magnitude e caracterização de situação de coerção sexual vivenciadas por adolescentes e jovens de três grandes capitais brasileiras: Porto Alegre, Rio de Janeiro e Salvador‖. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 22, n.7, p.1493-1504, 2006.

CARVACHO, I. E.; PINTO E SILVA, J.L.; MELLO, M. B. Conhecimento de adolescentes grávidas sobre anatomia e fisiologia da reprodução. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v. 54, n.1, p.29-35, feb. 2008.

CAVASIN, S. (Org.) et al. Gravidez entre adolescentes de 10 a 14 anos: estudo exploratório em cinco capitais brasileiras e vulnerabilidade social - relatório de pesquisa. Rio de Janeiro: ECOS, 2004. 96p.

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LAKATOS, Eva e Marconi, Marina. Metodologia do Trabalho Científico. SP : Atlas, 1992.

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VITALLE, M. S. de Souza; AMANCIO, O. M. S.; Gravidez na Adolescência, Doutoras da UNIFESP.
                                                                                                          
ANEXOS
ANEXO I

DINÂMICA: BATATA QUENTE.

Para a realização dessa dinâmica, o professor precisará de:
- Balão;
- Aparelho de som;
- Papel;
- Caneta.

Essa dinâmica baseia-se na velha e tradicional brincadeira da batata quente. Inicialmente o professor organizará a sala em círculo e encherá o balão. A brincadeira começará quando o professor colocar a música. Os alunos deverão então passar o balão de mão em mão até que a música seja interrompida. A pessoa que estiver com o balão no momento em que a música parar deverá responder à seguinte pergunta: 
Qual método contraceptivo você usaria para evitar uma gravidez indesejada? (Pode-se adaptar outro tipo de pergunta)
O professor deverá então analisar a resposta e ver se o método proposto realmente impede uma gestação. Se sim, a brincadeira continua. Caso a resposta não seja satisfatória, o balão passará a ser usado como uma “barriga de grávida” por essa pessoa, que também deverá responder a perguntas feitas pelos alunos a respeito de como sua vida será afetada pela gravidez. Nesse momento, o professor poderá escolher cerca de três alunos para fazer as perguntas.
A brincadeira continua com um novo balão até que a maioria tenha participado ou todos os métodos já tenham sido lembrados. É importante que o professor anote todos os métodos já ditos pelos alunos. Aqueles que colocaram o balão sob suas roupas, simulando uma gravidez, deverão ficar dessa maneira até o fim da dinâmica.
Ao final da brincadeira, o professor deverá fazer um apanhado geral a respeito do que foi ouvido. É importante levar dados sobre a eficácia de cada método e quais garantem proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis. Também é fundamental que o professor oriente os alunos a respeito de seus comportamentos de risco e a necessidade de que os parceiros se sintam bem com o uso de um determinado tipo de prevenção.
Ao trabalhar temas relacionados com a sexualidade, o professor deve dar total liberdade para que o aluno se expresse. É importante também que o professor seja livre de preconceitos e com a mente aberta para responder a qualquer pergunta feita pelos alunos.
O diálogo entre professor e aluno sobre sexualidade pode evitar, muitas vezes, que crianças e adolescentes passem por situações delicadas. Apesar de muitos professores não gostarem de abordar esse tema, ele é essencial para a formação dos alunos, que, na maioria das vezes, não possuem essas informações em casa.

 ANEXO II

DINÂMICA: CASOS E ACASOS

Objetivo:
Encorajar os adolescentes a buscarem soluções decisivas para as situações da vida real.

O que você irá precisar:
Sala ampla e confortável que permita a formação de grupos, folhas de papel-sulfite e folhas com situações descritas.

O que você deverá fazer:
1 - Dividir a turma em grupos de cinco participantes.
2 - Entregar para cada grupo uma descrição de uma situação diferente, para que o grupo discuta e tome uma decisão a respeito.
3 - Solicitar o grupo a desenvolver as seguintes atividades:
- apontar as vantagens, desvantagens, alternativas e consequências para cada uma das situações propostas na página seguinte;
- identificar uma única decisão sobre o caso.

Pontos para discussão:
a) A decisão tomada pode ter consequências graves?
b) Estar seguro de que essa decisão não prejudicaria alguém.
c) Dificuldade para tomar a decisão.
d) Fazer uma comparação com a vida real.

Resultado esperado:
Os adolescentes terão aprendido a analisar situações diversas, emitido opiniões e procurado tomar a decisão mais acertada, por meio da avaliação de determinados critérios.


EXEMPLOS DE SITUAÇÕES:

FICHA PARA TOMADA DE DECISÃO
Situação nº:
Vantagens:
Desvantagens:
Alternativas:
Consequências:
Decisão:

ANEXO III

DINÂMICA: CUIDANDO DO NINHO

Objetivo:
Trabalhar com o grupo as questões relacionadas com a maternidade/ paternidade precoce e com a responsabilidade de suas ações.

O que você irá precisar:
Sala ampla e confortável, 1 ovo cru de galinha por participante, canetas hidrográficas.

O que você deverá fazer:
1 - Marcar os ovos previamente: uma cor para o sexo feminino, outra para o sexo masculino, duas marcas para gêmeos e um asterisco ou uma trinca para alguma necessidade especial (deficiência).
2 - Distribuir 1 ovo por participante ou 2 ovos com a marca de gêmeos e explicar que ele simboliza um recém-nascido que será cuidado pelo garoto ("pai") e pela garota ("mãe").
3 - Estimular os adolescentes a personalizarem seu "bebê", pintando um rosto, fazendo-lhe um ninho.
4 - Estabelecer o compromisso de levarem seu "bebê-ovo" a todos os lugares a que forem, pelo prazo de tempo estipulado pelo facilitador.
5 - Solicita-los a trazer os "bebês" no último dia do encontro ou do curso.
6 - Anotar os depoimentos e as histórias ocorridas com o "bebê" e com o participante.

Pontos para discussão:
a) Como o "bebê-ovo" interferiu na vida diária de cada adolescente?
b) Que sentimentos surgiram?
c) Que dificuldades apareceram durante o processo?
d) Como foram interpretadas as quebras dos ovos?
e) Por que há pessoas sem filhos?
f) Algum "bebê-ovo" foi sequestrado? Como evitar?
e) Que aprendizado resultou dessa dinâmica?

Resultado esperado:
Os participantes terão vivenciado o sentimento de responsabilidade que envolve a maternidade e a paternidade precoce (ter filhos) e o cuidado com os filhos.
  
ANEXO IV

DINÂMICA: A VISITA DO E.T.

Objetivo:
Levantar questionamentos relativos à sexualidade, desvinculados de um contexto sociocultural.

O que você irá precisar:
Sala ampla, 5 cartolinas, 5 pincéis atômicos, fita crepe, adereço para cabeça.

O que você deverá fazer:
1 - O facilitador pedirá a todos que caminhem pela sala.
2 - Ele avisará que chegaram E.T.s na Terra e gostariam muito de saber sobre a sexualidade dos humanos.
3 - O facilitador comentará que apareceram 5 jornalistas para conversar com os E.T.s e colocará crachás com a inscrição "Imprensa" em 5 participantes.
4 - Em seguida, o facilitador pedirá que se formem 5 grupos de E.T.s, com 1 jornalista em cada grupo, sentados no chão.
5 - Esses 5 jornalistas irão registrando as perguntas que os E.T.s fizerem sobre a sexualidade dos terráqueos.
6 - Para cada grupo, serão dados 1 cartolina e 1 pincel atômico; e o(a) jornalista anotará os itens mais interessantes perguntados pelos E.T.s e irá procurar respondê-los.
7- A Prefeitura também pretenderá ajudar e enviará 5 consultores da cidade para complementar as dúvidas dos E.T.s. (nesse caso, poderão ser envolvidos outros facilitadores da instituição).
8- Antes de finalizar, o facilitador perguntará se as expectativas dos E.T.s foram atendidas e pedirá aos jornalistas que afixem a matéria da reportagem (as cartolinas) na parede.


Pontos para discussão:
a) Refletir se é fácil ou não falar sobre sexualidade.
b) Por que é fácil para algumas pessoas e difícil para outras?
c) Com quem os adolescentes se sentem mais à vontade para conversar sobre sexualidade?

Resultado esperado:
Ter possibilitado a verbalização de fantasias e assuntos desprovidos das “amarras sociais”, isto é, de preconceitos, estigmas, estereótipos e crendices.

 ANEXO V

DINÂMICA: EXPRESSANDO A SEXUALIDADE

Objetivo:
Discutir com os adolescentes as manifestações da sexualidade.

O que você irá precisar:
Sala ampla e confortável, cartolinas, folhas de papel, canetas coloridas, revistas, jornais atuais, tesouras e cola.

O que você deverá fazer:
Trabalho individual:
1 - Pedir aos adolescentes que pensem em algo que tenham visto, ouvido, falado ou sentido sobre sexualidade.
2 - Solicitá-los a guardar esses pensamentos para si. Não é necessário escrever.

Trabalho em grupo:
1 - Formar grupos de 5 adolescentes e solicitar que conversem sobre diferentes situações em que a sexualidade é manifestada pelas pessoas no ambiente social.
2 - Entregar revistas, jornais, folhas de papel, canetas, tesouras e cola aos grupos.
3 - Solicitar os grupos a montar um painel com as figuras, os anúncios e textos que estejam relacionados com a sexualidade.
4 - Após a elaboração do painel, pedir a cada grupo que eleja um representante para explicar como foi o processo de discussão e de montagem do painel.
5 - Cada coordenador de grupo coloca seu painel em uma parede da sala e explicará para o grande grupo o seu real significado.
6 - Após as apresentações dos coordenadores, abrir um debate com todos os participantes.
7 - O facilitador poderá fazer uma síntese dos tópicos apresentados e incentivar a reflexão sobre essas manifestações da sexualidade em diferentes culturas.

Pontos para discussão:
a) Por que as pessoas confundem sexualidade com sexo?
b) De que maneiras a sexualidade pode ser expressada?
c) Que sentimentos podem estar envolvidos na expressão da sexualidade?
d) O que se entende por sexualidade, sensualidade, erotismo e pornografia?

Resultado esperado:
Ter esclarecido as concepções do grupo sobre sexualidade e suas diferentes formas de expressão.
  
ANEXO VI

DINÂMICA - Flor de Papel
Distribuir pedaços de papel (de preferência coloridos – crepom) para cada pessoa do grupo. O facilitador ficará com um pedaço de papel para explicar a dinâmica.
Pede-se para que eles amassem esse papel colocando toda sua angústia, raiva, tristeza, pensar em coisas ruins que aconteceram na sua vida, enfim, todo o seu lado negativo deverá ser depositado ali.
Em seguida, pede-se que eles desembrulhem aquele papel e desamassem, deixando da forma que estava no início.
Coloca-se a música “Como uma onda – Lulu Santos” que fala “nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia…” Deixar a música tocar e pedir para que eles prestem bastante atenção na letra.
Quando a música terminar, o facilitador vai comparar a letra com a vida da adolescente grávida, fazendo uma breve reflexão e mencionando que na vida podemos transformar situações ruins, feias em coisas belas.
Em seguida pede-se que eles olhem para o papel amassado. O facilitador vai orientando o grupo e ensinando os passos para transformar aquele papel em uma linda flor, sempre comparando o papel amassado e a flor transformada na vida da adolescente grávida.
 ANEXO VII

DINÂMICA: POR QUE TANTA DIFERENÇA?

Objetivo:
Discutir como os participantes percebem os papéis sexuais entre homens e mulheres na sociedade.

O que você irá precisar:
Sala ampla, folhas de papel sulfite, canetas, cartolinas ou papel manilha.

O que você deverá fazer:
1 - Dividir os participantes em 6 grupos:
- 03 grupos do sexo masculino;
- 03 grupos do sexo feminino.
2 - Solicitar os 03 grupos do sexo masculino a discutirem em subgrupos:
- as vantagens de ser mulher;
- as desvantagens de ser mulher.
3 - Solicitar os 03 grupos do sexo feminino discutirem em subgrupos:
- as vantagens de ser homem;
- as desvantagens de ser homem.
Após a discussão, deverão preparar uma lista com as referidas vantagens e desvantagens de ser homem ou mulher.
4 - Após a montagem da listagem, cada grupo apresenta seus resultados.

Observação:
Nesta dinâmica de grupo, é proposital que os garotos pensem sobre as vantagens e, às desvantagens de ser mulher e vice-versa.
Dessa forma, um sexo se colocará no lugar do outro.

Pontos para discussão:
a) Qual a origem dessas diferenças?
b) Como essas diferenças são vistas em outras sociedades?
c) Como essas diferenças afetam a vida dos homens e das mulheres?
d) Quais das vantagens de ser homem ou mulher são reais e quais são
Estereotipadas?
e) É possível ser homem e exercer alguns dos tópicos listados em “mulher” e vice-versa?
f) O que significa “masculino” e “feminino”? É o mesmo que “macho” e “fêmea”?

Resultado esperado:
Membros do grupo terão começado a pensar sobre as diferenças dos papéis sexuais.
  
ANEXO VIII

DINÂMICA: TOTENS

Materiais:
 - papel cartão;
- tesoura;
 - cola;
- revistas variadas;
- fotos dos próprios alunos.

Estratégias
1. Assistir ao filme. (Juno, ou outro filme de interesse do professor)
2. Promover uma reflexão sobre o filme.
3. Separar a sala em grupos, com cinco integrantes
4. Vale lembrar que o totem é um símbolo que identifica determinada comunidade. O principal objetivo é contar uma história por meio de símbolos, levando-se em conta que um totem é um animal, planta ou objeto que serve como símbolo sagrado de um grupo social e é considerado como seu ancestral ou divindade protetora....
5. A ideia é que os grupos confeccionem totens representando o tema do filme e explicitando emoções, sensações e figuras da família ou amigos através de símbolos
6. Unir dois ou mais totens e fixá-los no teto da sala de aula.... -

 ANEXO IX

“ESTEREÓTIPOS”

Material necessário
- Acetatos ou projetor com os dilemas.

O que fazer
A atividade destinada a trabalhar especificamente os papéis de gênero consiste em os alunos indicarem se é homem ou mulher quem profere os textos apresentados oralmente pelo professor e justificar a sua opinião. Este tipo de proposta de trabalho pode ser levada a cabo em qualquer ano de escolaridade.

Texto 1
"É nestes momentos que vale a pena ter mãe. Não perguntou nada e percebeu logo que alguma coisa grave se tinha passado. Mandou embora a secretária e ficou de braço dado comigo até eu ser capaz de falar. Quando acabei disse que compreendia. Não percebi bem o quê, mas o seu olhar tão sereno e a sua voz tão doce tiveram um efeito calmante.
Oh, mãe, porque não te pedi a opinião mais cedo, antes de tudo começar? Tenho a certeza de que me ouviras com atenção, ou então fazias de conta que não te interessavas e eu deixava tudo." SAMPAIO, Daniel (2001). Tudo O Que Temos Cá Dentro. Rio de Mouro: Círculo de Leitores.


Texto 2
"Estou com uma dor de cabeça! Daquelas que fazem a cabeça latejar. Dói de cada vez que pouso um pé no chão.
Cheguei a casa, depois de horas na bicha, com uma única vontade: atirar-me para cima da minha cama, num quarto escuro. E lá, ficar de olhos fechados, à espera de, apesar de tudo, conseguir adormecer.
Mas não! Qual quê! Não sei para que é que me dão estes ataques de ingenuidade. Mal entrei pela porta comecei a ouvir duas vozes estridentes a berrar por mim. Antes de ter tempo de desfraldar a bandeira branca a pedir tréguas, apanhei com a Margarida e o Rodrigo em cima, mas a pediram, sempre a pedirem." STILWELL, Isabel & STILWELL, Ana (2001). Diário De Uma Mãe / Diário De Uma Filha. Lisboa: Texto Editora.


Texto 3
"Esta noite não consegui pregar olho porque a Joana não parou de chorar e vomitou várias vezes. Não sabia se devia ir com ela para a urgência do Hospital ou esperar até de manhã e levá-la ao Centro de Saúde. Como se isto não chegasse, tenho hoje uma reunião que nem sei a que horas termina e ainda por cima vão montar-me os móveis novos da cozinha que estão encomendados há tanto tempo."
PEREIRA, Maria Manuela & FREITAS, Filomena (2001). Educação Sexual – Contextos de sexualidade e adolescência. Porto: Edições Asa.
  
ANEXO X

ADOLESCER
“Boneca, carinhos...
Bonecos, aviões.
Cabeça confusa,
Responsabilidade, rebeldia,
Som, música, sexo, transa,
Diversão, namoro...
Indecisão, atração, enrolação...
Confusão, amor, paixão, medo.
Muito criança,
Muito adulto,
Muita responsabilidade,
Muito futuro em jogo...
Decisão certa, decisão errada...
Futuro perdido...Vida perdida,
Vida ganha,
Pensar demais, decidir demais
Vida jogada fora..., ou...
Vida vivida”.
(Tatiana Britto da Silveira, 14 anos, Belém - Pará, 1994).

Atividade:
- Faça um poema sobre o que é ser adolescente pra você.

ANEXO XI

Roteiro para debate: Gravidez na Adolescência.

1- Mãe adolescente considera-se responsável para cuidar da futura criança?
2 - Se não se considera, quem cuidará da criança?
3 - Como será acompanhada a gravidez?
4 - Os estudos serão ou não serão interrompidos?
5 - Como se posicionará a mãe solteira? (Em relação à família, aos amigos, à escola, ao trabalho?)
6 - Havendo casamento, será ou não por pressão da família?
7 - Como se sustentará o casal adolescente?
8 - Expulsar de casa é a solução?
9 - Nossos avós casavam-se na adolescência e procriavam. Por que?
10 - Se o pai não assumir a criança, que providências você tomará?
11 - O que representa para você ter um filho na adolescência?
12 - O que muda em termos do seu projeto de vida?
  
ANEXO XII

ATIVIDADES:

Entrar no site abaixo, baixar os artigos, dividir a sala em grupos, um artigo para cada grupo, ler, discutir, resenhar e apresentar para os demais da sala.


1.  Problemas de Gênero – Feminismo e Subversão da Identidade. Autoria: Judith Butler

2.  História da Sexualidade – A Vontade de Saber – Vol. 1. Autoria: Michel Foucault

3.  A Reinvenção do Corpo: Sexualidade e Gênero na Experiência Transexual. Autoria: Berenice Bento

4.  Manifesto Contra sexual — práticas subversivas de identidade sexual. Autoria: Beatriz Preciado

5.  Gênero, Sexualidade e Educação – Uma Perspectiva Pós-estruturalista. Autoria: Guacira Lopes Louro

6.  Pensando o Sexo: Notas para uma Teoria Radical das Políticas da Sexualidade. Autoria: Gayle Rubin. 

7.  Gênero: uma categoria útil para análise histórica. Autoria: Joan Scott 

8.  Gênero e sexualidade nas pedagogias culturais: implicações para a educação infantil. Autoria: Jane Felipe de Souza

9.  Sexualidade, cultura e política: a trajetória da identidade homossexual masculina na antropologia brasileira. Autoria: Sérgio Carrara e Júlio Assis Simões

10.              Gênero e sexualidade: pedagogias contemporâneas. Autoria: Guacira Lopes Louro

11.              Quando o “estranho” resolve se aproximar: a presença da professora transexual e as representações de gênero e sexualidade no ambiente escolar. Autoria: Tiago Zeferino dos Santos

12.              Violência de Gênero, Sexualidade e Saúde. Autoria: Karen Giffin

13.              Sexualidade e gênero: ensaios educacionais contemporâneos. Autoria: Maria Rita de Assis César

14.              Educação e docência: diversidade, gênero e sexualidade. Autoria: Guacira Lopes Louro

15.              Gênero, sexualidade e a produção de pesquisas no campo da educação: possibilidades, limites e a formulação de políticas públicas. Autoria: Jane Felipe

16.              Ser professora, ser mulher: um estudo sobre concepções de gênero e sexualidade para um grupo de alunas de pedagogia. Autoria: Ana Paula Costa e Paulo Rennes Marçal Ribeiro

17.               Diversidade sexual e de gênero na escola. Autoria: Alexandre Bortolini

18.              O gênero nas políticas públicas de educação no Brasil: 1988-2002. Autoria: Cláudia Pereira Vianna e Sandra Unbehaum

ANEXO XIII


Artigos para serem trabalhados em sala de aula (links).

Texto: “Ser alguém na vida”: uma análise sócio antropológica da gravidez/maternidade na adolescência, em Belém do Pará, Brasil.

Texto: A gravidez na adolescência sob a perspectiva dos familiares: compartilhando projetos de vida e cuidado

Texto: Conflitos vivenciados pelas adolescentes com a descoberta da gravidez

Texto: Gravidez na adolescência: um olhar sobre um fenômeno complexo
Link: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-863X2010000100015&script=sci_arttext

  
ANEXO XIV

SUGESTÃO DE ATIVIDADES PROPOSTAS PELO PROFESSORES.
Professor, depois de ter lido o projeto e com sua prática docente e experiência, deixe possíveis sugestões que poderiam ser trabalhada com os alunos (disciplinas, gincanas, dinâmicas, textos, atividades, visitas etc), para que esse projeto possa ser aperfeiçoado.
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