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segunda-feira, 14 de agosto de 2017
quinta-feira, 10 de agosto de 2017
ELABORAÇÃO DE PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA: PESQUISA E AUTORIA AS TRANSFORMAÇÕES DE METODOLOGIAS EM SALA DE AULA: POSSIBILIDADES E DESAFIOS PARA OS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL.
ELABORAÇÃO
DE PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA: PESQUISA E AUTORIA
AS TRANSFORMAÇÕES DE METODOLOGIAS EM SALA DE
AULA: POSSIBILIDADES E DESAFIOS PARA OS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO
ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL.
Roseli Silva Minzon
NOVA ANDRADINA
JULHO/2017
SUMÁRIO
1-
INTRODUÇÃO...................................................................................................3
2-
OBJETIVOS................................................... ...................................................4
3- JUSTIFICATIVA ......................................................................................5
4- METODOLOGIAS
.............................................................................................6
7- REFERENCIAS..................................................................................................7
8- ANEXOS...........................................................................................................10
INTRODUÇÃO
Com as mudanças e transformações pela qual
encontra a sociedade, os governos vêm “apostando” ou “reciclando”, “novas”
metodologias para serem trabalhadas em sala de aula, com o objetivo de fazer
com que os alunos aprendam através de meios diversificados de metodologias, sem
ser o professor o centro da educação, mas o aluno o foco do conhecimento. Para
isso se faz necessário esse projeto, para que possa estudar sobre essas “novas”
metodologias que são propostas pelo Estado do Mato Grosso do Sul, seus prós e
contras e de que forma elas podem contribuir para auxiliar o professor e
incentivar o conhecimento do aluno, quebrando assim paradigmas referentes a
sala de aula e a forma de aprender superando desafios.
Por
isso não pode haver um faz de conta dentro das salas de aulas, mudando as
nomenclaturas, dizendo que faz desse ou daquele jeito, mas não saber fazer ao
certo, o cerne é o aluno, sua aprendizagem, sua participação efetiva no
processo de conhecimento, autoria, no protagonismo juvenil.
O
professor, sendo mediador, não perde seu papel insubstituível, tem-se que
perder o medo da mudança, na sociedade atual a mudança seria a única constância
em nossas vidas. O papel do professor (seja ele professor, mediador, tutor,
mentor), nunca deixará de existir e sempre será importante na sociedade, o
lugar certo do professor, então, é de mediador no sentido “ativo" de
parceria fundamental, decisiva para a construção da autoria e autonomia
discente.
Nesse
sentido este projeto visa colaborar com toda a comunidade escolar, conhecendo
desafios, buscando soluções sempre de forma colaborativa e respeitando as
peculiaridades locais.
OBJETIVOS
Geral
Compreender
e auxiliar nas mudanças da prática pedagógica das escolas (professores,
coordenadores, diretores, secretaria, comunidade escolar) para atender os
alunos do século XXI.
Específicos
● Conhecer os principais desafios para a mudança
das práticas pedagógicas.
● Analisar teoria e prática afim de convergi-las
para o conhecimento com aplicações em sala de aula.
● Apontar as características (diferenças e
similaridades se houver) do modelo de aula tradicional do modelo de aula
contemporâneo para que ambas possam direcionar o aluno a aprendizagem.
● Estimular a pesquisa através da mediação.
● Compreender a metodologia de pesquisa e a
metodologia da problematização como caminhos para aprendizagem do aluno.
● Perceber o professor como mediador de todo o
processo de conhecimento e sua importância no contexto atual para a autonomia
do aluno.
● Incentivar o trabalho colaborativo entre os professores
de áreas diferentes.
● Fomentar a interdisciplinaridade e a
transdisciplinaridade.
● Propor ações diferenciadas para a superação da
educação convencional.
● Auxiliar na produção de material didático para
que o professor mediador se torne um professor autor.
JUSTIFICATIVA
Na
atual conjuntura, faz-se necessário uma transformação das metodologias
aplicadas em sala de aula, por isso a mudança é fundamental para a questão de
aprendizagem. Não pode-se aceitar o sistema, o modelo educacional ao qual se encontra
e não propor alternativas de mudanças visando uma educação ativa. Partira-se da
iniciativa do professor em sala de aula em propor metodologias diferenciadas
baseadas em pesquisa e problematizações para despertar a curiosidade do aluno,
para que juntos, professor e aluno possam caminhar para um conhecimento eficaz
aprendendo e (re)aprendendo constantemente, para isso o professor deverá ter
formação contínua, precisará ser o mediador da aprendizagem do aluno,
valorizando todo os conhecimento prévio que o mesmo já possui e aprendendo a
trabalhar em grupos, evitando assim a fragmentação que existe na educação em
todos os sentidos.
Para
Barbosa e Moura (2013, p. 51). A escola tradicional seria transformada em
espaços de aprendizagem, base de uma sociedade sustentada em aprendizagem
intensiva. É uma visão de aprendizagem radicalmente diferente do modelo
convencional de sala de aula, onde o quadro negro e o professor se impõe
perante os alunos como a quinta-essência do espaço de aprendizagem da era industrial
Por
isso é de fundamental importância um projeto que venha de encontro com as
necessidades atuais dos professores da educação básica do Estado do Mato Grosso
do Sul, auxiliando-os com propostas inovadoras e incentivos para a
transformação em sala. Sabe-se que os resultados não virão de forma rápida e
nem práticas concretas, mas tem se a certeza que a construção em conjunto tem
grande probabilidade de sucesso e ao longo do processo as práticas irão se
concretizar.
De
acordo com Caldwell e Spinks (1998), citado por Barbosa e Moura (2013), uma de
suas previsões é que os fundamentos da educação vão se expandir para incluir
práticas de solução de problemas, estímulo à criatividade, inovação e
capacitação do indivíduo para aprendizagem ao longo da vida. A aprendizagem
acontece em todas as fases da vida e deve - se trazer os alunos para seu
contexto social, para a realidade que vivenciam e não somente “problemas
imaginários”, onde os alunos não entenderão sua aplicabilidade, não compreendem
a linguagem do professor e por isso desistem de aprender.
Mais
do que o ensino, a aplicação da pesquisa na escola conduz ao domínio das
habilidades didáticas renovadoras pela discussão, pela leitura, pela
observação, pela coleta de dados para comprovação de conjecturas sobre os fatos
pela análise criativa das deduções, conclusões e, sobretudo, pela reconstrução
do conhecimento a partir daquilo que os alunos já sabem. (NINIM, 2008, p. 20).
A
pesquisa para os professores e alunos da Educação Básica tem que se apresentar
de uma maneira amena, natural e o professor tem que ser um parceiro do aluno
neste processo de aprendizagem e oferecer indicações diversas que suscitam a
curiosidade dos alunos em busca do saber e respeitar o tempo de cada um para a
construção do conhecimento.
Para
Ninin (p.23, 2008), a pesquisa é, então, entendida como um instrumento
problematizador que, quando planejada e mediada pelo professor, faz do
aluno-copiador um aluno-pesquisador. A questão é que muitas vezes pela
quantidade de informações, os professores veem-se despreparados para orientar
seus alunos em relação à tarefa de pesquisar.
É fundamental que o
professor participe do processo de repensar a construção do conhecimento, na
qual a mediação e a interação são os pressupostos essenciais para que ocorra
aprendizagem. Contudo, a mudança na prática pedagógica não deve acontecer de
forma agressiva para o professor, nem para o acadêmico, evitando-se assim a
queima de etapas. A opção por uma metodologia ativa deve ser feita de forma consciente,
pensada e, sobretudo, preparada para não tirar do professor a alegria de ensinar.
Está mais do que na hora de rever a prática pedagógica universitária para que os
futuros profissionais não sejam mais rotulados como “cópias”, que cursou a faculdade
reproduzindo o saber existente, sem acrescentar nada de novo. Uma proposta
construtivista para o ensino superior consiste em educar para a autonomia, através
de metodologias inovadoras, para a descoberta, utilizando-se da pesquisa, participação
dos alunos, trabalhos em grupo, como um meio de aprofundar e resinificar conhecimentos. (BORGES E ALENCAR, 2014, 120)
Assim,
precisa-se urgentemente ultrapassar o saber superficial pautado no acúmulo de
informações, isso não levará nossos alunos a nada, dará –se um exemplo superficial,
mas quem expressará muito bem a frase anterior: se fomos analisar as
adolescentes de 10 à 15 anos, a maioria tem a informação que se tiverem relação
sexual sem o uso de métodos anticoncepcionais irão engravidar, mas porque mesmo
assim a cada ano cresce o número de adolescentes grávidas? A informação têm,
acontece que não basta apenas ter informações, é o uso que você faz daquilo que
você sabe, se não for de interesse, não irá acrescentar em absolutamente nada
na vida. Agora imagine uma sala de aula, com seis aulas diárias, a gama de
informações perdidas que existe.
Para
isso este projeto se fará presente, para compreender o real papel do professor
do século XXI, o professor mediador que instigue o aluno a pesquisar, a
problematizar e não que tenha respostar prontas e acabadas para todas as
perguntas, dúvidas que o aluno possa ter, não é dar respostas e sim meios para
que o próprio aluno busque “suas verdades” de acordo com o contexto e a época a
qual se encontra, frisando que nenhuma mentira ou verdade seja absoluta, tudo é
relativo é a única certeza que podemos dar aos alunos.
METODOLOGIAS
Será
realizada primeiramente uma pesquisa bibliográfica com autores que tratam deste
tema, como por exemplo: Pedro Demo, Paulo Gilene Cysneiros, Paulo Freire,
Antonio Carlos Gomes da Costa, Viviane Mosé, José Pacheco, Neusi Aparecida
Navas Berbel, entre outros.
Será feita também uma pesquisa em algumas
escolas que usam metodologias diferenciadas e seus resultados, principalmente
escolas Integrais e de Autoria, será realizada uma pesquisa com professores e
alunos da cidade de Nova Andradina e região a respeito da educação em suas
escolas. O questionário aplicado será por amostragem, e depois escolhido
aleatoriamente alguns professores e alunos para uma entrevista qualitativa com
perguntas abertas.
Por
fim, com a colaboração de todos os envolvidos na pesquisa será sugerido tipos
diferenciados de metodologias em sala de aula em uma oficina de formação para
os professores visando a capacitação contínua dos mesmos e o trabalho em
grupos, visando a continuidade destes trabalhos nos próximos anos aumentando a
rede de professores pesquisadores.
REFERENCIAS
BERBEL,
Neusi Aparecida Navas, As
metodologias ativas e a promoção da autonomia de estudantes, Semina:
Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 32, n. 1, p. 25-40, jan./jun. 2011.
Cairu em Revista.,
Metodologias ativas na promoção da
formação crítica do estudante: o uso das metodologias ativas como recurso
didático na formação crítica do estudante do ensino superior. Bahia, n° 04,
Jul/Ago 2014.
COSTA, Antônio Carlos Gomes da. Por uma pedagogia da presença.
Disponível em: http://200.248.123.130/CGI-BIN/om_isapi.dll?clientID=138209&infobase=grupo3.nfo&softpage=Browse_Frame_Pg42 acesso em: 17/05/2017
Com. Ciências Saúde. A prática da Metodologia Ativa: compreensão dos discentes enquanto
autores do processo ensino aprendizagem, Bárbara de Caldas Melo e Geisa
Sant’Ana, p.327- 339, 2012. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/pratica_metodologia_ativa.pdf acesso em: 17/05/2017.
COSTA, Antônio Carlos Gomes da. Aventura pedagógica: Caminhos e descaminhos
de uma ação educativa, 1 º ed. SP: Columbus Cultural Editora, 1990.
DEMO, P. Metodologias Ativas Estratégias para salvar a aula, ensaio 94, 2016.
FAZENDA, Ivani Catarina Arantes, Integração e Interdisciplinaridade no ensino brasileiro Efetividade ou
ideologia. 6º ed. SP: Edições
Loyola, 2011.
Filosofia e Educação (Online). A metodologia da problematização com o Arco
de Maguerez uma perspectiva teórica e epistemológica, Neusi Aparecida Navas
Berbel e Sílvio Ancizar Sánchez, Volume 3, Número 2, Outubro de 2011 – Março de
2012. Disponível em: http://ojs.fe.unicamp.br/ged/rfe/article/view/2363 acesso em: 17/05/2017
MAGUEREZ, C. Elementos para uma pedagogia de massa na assistência técnica agrícola.
In. MAGUEREZ, C. Análise do sistema
paulista de assistência à agricultura. Campinas, 1970. Extraído do
Relatório apresentado à Coordenadoria
de Assistência Técnica Integral - CATI.
SAVIANI, D. A pedagogia no Brasil. História e
teoria. Campinas: Autores Associados, 2008.
PROJETO: ADOLESCÊNCIA E SEXUALIDADE: GRAVIDEZ E OUTROS RISCOS - Roseli Silva Minzon
PROJETO: ADOLESCÊNCIA E SEXUALIDADE: GRAVIDEZ E OUTROS RISCOS
Roseli Silva Minzon
1 -
INTRODUÇÃO.......................................................................................2
2 -
OBJETIVOS...........................................................................................2
3 - JUSTIFICATIVA.....................................................................................3
3 - JUSTIFICATIVA.....................................................................................3
4 - REVISÃO
TEÓRICA..............................................................................4
5 -
METODOLOGIA.....................................................................................7
5.1 – RECURSOS ......................................................................................9
6 -
CRONOGRAMA...................................................................................10
7 – REFERÊNCIAS...................................................................................11
ANEXOS....................................................................................................14
ANEXO I
...................................................................................................15
ANEXO
II...................................................................................................17
ANEXO III
.................................................................................................19
ANEXO
IV..................................................................................................21
ANEXO
V...................................................................................................23
ANEXO VI..................................................................................................25
ANEXO
VII.................................................................................................26
ANEXO
VIII................................................................................................28
ANEXO
IX..................................................................................................29
ANEXO
X...................................................................................................31
ANEXO
XI..................................................................................................32
ANEXO
XII.................................................................................................33
ANEXO XIII................................................................................................35
ANEXO
XIV...............................................................................................36
1- INTRODUÇÃO
Esse tema Adolescência e Sexualidade: Gravidez e outros
riscos, se faz necessário pelo contexto social ao qual estamos inseridos, onde
atinge uma grande parcela de adolescentes que estudam no Ensino Fundamental e
Ensino Médio. Essa relação acaba refletindo sobre a evasão escolar, com
consequências danosas e até irreversíveis a esses alunos. A ocorrência da
gravidez precoce entre adolescentes sempre foi algo constante na cidade,
gerando grande preocupação por parte da escola, por essa questão é fundamental
que a escola juntamente com a comunidade escolar e os órgãos competentes do
município participem da formação destas alunas e alunos auxiliando-os na
prevenção (uso de preservativos, anticoncepcionais), no planejamento familiar e
conscientizar dos riscos de relações sexuais precoces.
Essa fase da adolescência requer
atenção dobrada, pela transição entre a infância e a idade adulta onde escolhas
e atos irão interferir em toda a vida dos adolescentes. Entende-se que a
gravidez precoce seja um problema social e nesse sentido a escola deve assumir a
função de promover ações que possam auxiliar, sensibilizar e realmente produzir
conhecimento que se torne prático e eficaz na prevenção da gravidez na
adolescência e outros riscos.
Dessa forma, esse projeto Adolescência
e Sexualidade: Gravidez e outros riscos é essencial para fomentar a discussão
sobre o tema, através de ambientes de aprendizagem que faça o aluno refletir
sua prática cotidiana, com palestras com profissionais da saúde, análises
estatísticas, pesquisas de campo, dinâmicas, realização de questionários, entrevistas,
visita ao orfanato: Lar São José, visita ao asilo, leitura de artigos
científicos, seminários, mesas redondas, apresentações teatrais.
2-
OBJETIVOS
Objetivo
Geral:
· Sensibilizar os
adolescente e comunidade escolar sobre a responsabilidade de uma gravidez na
adolescência, a importância da informação e de métodos contraceptivos para a
prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e as consequências de relações
sexuais precoces sem as devidas precauções para os adolescentes e toda a
sociedade em questão.
Objetivos
Específicos:
· Conhecer os
tipos de doenças sexualmente transmissíveis.
· Identificar o
alto número de gravidez na adolescência.
· Levantar dados sobre
a gravidez na adolescência no município.
· Orientar os
alunos a um comportamento responsável.
· Superar o
preconceito nas escolas para tratar do tema comportamento sexual.
· Enfatizar o
debate sobre a gravidez na adolescência no espaço da escola.
· Sensibilizar o
aluno quanto as crianças abandonadas em orfanatos por mães adolescentes e
idosos nos asilos.
· Propor ações
para diminuir os casos de gravidez na adolescência.
· Discutir as
questões sociais sobre a adolescência e sexualidade.
3 -
JUSTIFICATIVA
As
contribuições que esse projeto visa é no sentido de proporcionar respostas aos
problemas propostos, no caso promover a discussão e sensibilizar os alunos para
as questões relativas a relações sexuais precoces, gravidez na adolescência, o
uso de métodos contraceptivos e a prevenção das doenças sexualmente
transmissíveis.
É de
total relevância social o problema a ser investigado pois trará informações
para a comunidade escolar, sobre as consequências de uma gravidez indesejada,
onde a mesma afeta familiares, desempenho e a evasão escolar, por isso se faz
necessário a intervenção da escola neste sentido, afim de informar, criar condições
e possiblidades para que os alunos previnam-se, pois em sua maioria,
esses jovens não estão preparados emocionalmente e financeiramente para assumir
este tipo de responsabilidade que faz com que muitos adolescentes deixem seus
estudos, saiam de casa, cometam abortos e até mesmo abandonem as crianças sem
saber o que fazer fugindo da própria realidade.
A gravidez pode estar relacionada a diversos fatores
sociais: estrutura familiar, formação psicológica, falta de perspectivas de
vida, iniciação sexual precoce, falta de informações. Por esses motivos, a
participação da família na vida do adolescente é fundamental e a intervenção da
escola no sentindo de informar e conscientizar a vida destes alunos nesta
questão é fundamental. Não se pode fingir que nada está acontecendo e viver um “faz
de conta”, tem – se ao contrário, de ir de encontro com essa problemática e
tentar através de várias maneiras encontrar possíveis soluções para amenizar a
gravidez na adolescência, as doenças sexualmente transmissíveis e outros
riscos, para que os alunos possam passar por essa fase de transição tranquilos,
estudando, brincando como deve ser e não com uma responsabilidade que os mesmos
não foram preparados.
4 -
REVISÃO TEÓRICA
Segundo a Sociedade
Brasileira de Pediatria (BRASIL, 2000), o período adolescente engloba dos 10
aos 20 anos. Este período é caracterizado por profundas mudanças sociais,
psicológicas e físicas, que irão refletir diretamente na personalidade do
indivíduo, deve-se neste momento ficar atento a essas mudanças para que o aluno
não seja prejudicado, mas que as mesmas se façam de forma natural e a
constituir um caráter integro destes alunos.
Sociologicamente, a
adolescência é o período de transição da dependência infantil para a
autossuficiência adulta. Psicologicamente falando, é uma situação marginal na
qual, novos ajustes, que diferenciam o comportamento da criança do
comportamento do adulto em uma determinada sociedade, tem que ser realizados;
e, fisiologicamente, ocorre no momento em que as funções reprodutivas
amadurecem (MUUSS, 1976).
Assim, faz - se necessário
trazer esse tema constantemente para a comunidade escolar, para os diversos
espaços de aprendizagem, para que neste processo de mudança o adolescente tenha
informação e consciência dos resultados de seus atos.
Segundo Ximenes Neto e Colaboradores
(2007, pág. 279): A adolescência é uma fase da vida humana que se caracteriza
por um conjunto de transformações deixando o indivíduo exposto a um modelo de
vida até então desconhecido, de certa forma vulnerável, mas ao mesmo tempo,
estabelecendo padrões comportamentais e sonhos que permearão por toda a vida.
Tais padrões comportamentais se definem dentro de um ambiente que inclui a
família, os pares, a escola, a sociedade que rodeia, dentre outros, onde o
adolescente acaba sendo influenciado na formação e construção de sua
personalidade.
Segundo Carvacho; Pinto e
Silva; Mello (2008), as adolescentes sequer conhecem satisfatoriamente seu
corpo. Por isso que em muitos casos se encontram em uma situação (a de
gravidez), que sequer dão a devida importância, a maioria dos casos de gravidez
na adolescência é de meninos e meninas praticamente com a mesma idade, ambos
descobrindo seus próprios corpos e apavorados com as consequências sem saber
lidar com a nova situação, não conseguem muitas vezes lidar com o próprio
conflito interno, suas mudanças, o conflito no campo da sexualidade e a
gravidez precoce.
A atividade sexual na
adolescência vem se iniciando cada vez mais precocemente, com consequências
indesejáveis imediatas como o aumento da frequência de doenças sexualmente
transmissíveis (DST) nessa faixa etária; e gravidez, muitas vezes também
indesejável e que por isso, pode terminar em aborto (Basso et al, 1991; Mimica
& Piato, 1991; Taquete, 1992; Oh et al, 1993; Crespin, 1998; Chabon et al.,
2000).
Por isso, a gravidez nesta
fase da vida representa uma das principais causas de morte de mulheres entre 15
e 19 anos, seja por complicações na própria gravidez ou pela prática
clandestina de aborto (SOUZA, 2001). Adolescente sem estrutura alguma, resolvem
por conta própria praticar o aborto no desespero da situação ao qual se
encontram.
Por este motivo é fundamental
tratar da questão da sexualidade nas escolas pois a mesma existe desde o
nascimento e varia de intensidade segundo o ciclo vital. A sexualidade
representa o ser humano na sua essência e não há como se esquivar deste tema,
muito pelo contrário ele deve ser tratado o mais cedo possível com naturalidade
por toda a sociedade.
Para Moreira (2008,
pág.314): A sexualidade é um elemento importante para a análise da dinâmica do
adolescente. As mudanças físicas que caracterizam a fase incluem mudanças hormonais
que, muitas vezes, provocam estados de excitação tidos como incontrolável.
Nessa fase, também ocorre a consolidação do tipo de atração sexual vivida pelo
indivíduo.
Nos dias atuais é
rotineiro a os relacionamentos sexuais se iniciarem cada vez mais cedo e o
número alto de troca de parceiros impulsionados pela imposição social que leva
crianças a adolescerem precocemente e de forma semelhante, leva os adolescentes
ingressarem rapidamente na vida adulta, mesmo não estando preparados
psicologicamente.
Moreira (2008) entende que:
A sexualidade pode ser pensada a partir de uma esfera na
qual são construídas e transformadas relações sexuais, culturais e políticas,
pelos diferentes valores, atitude e padrões de comportamentos em meio às
referências que invadem seu imaginário. (MOREIRA, 2008, p.327)
Não pode - se fechar os olhos para o que está
acontecendo, acreditar que o problema seja somente do outro, nesta sociedade
globalizada, tudo afeta a todos independente da etnia, classe social,
escolarização, uma gravidez na adolescência, uma doença sexualmente
transmissível, uma questão sexual não debatida, irá afetar de uma forma ou de
outra toda sociedade.
Segundo Melhado (2003), vários fatores estão associados à
iniciativa precoce dos adolescentes na vida sexual, que vão do desequilíbrio
familiar, como divórcios, maus tratos, relacionamento difícil com padrastos e
madrastas, influência de amigos. O mesmo autor, baseado em diversos estudos,
apresenta o ser humano como um ser sexual, que apresenta diversas etapas da
sexualidade e uma adolescência mal assistida por pais e educadores acarreta
consequências, como a maternidade e paternidade nesta fase da vida, além, é
claro, das doenças sexualmente transmissíveis.
Segundo Maria Sylvia de Souza Vitalle e Olga Maria
Silvério Amâncio:
(...) quando a atividade sexual tem como resultante a
gravidez, gera consequências tardias e em longo prazo, tanto para a adolescente
quanto para o recém-nascido. A adolescente poderá apresentar problemas de
crescimento e desenvolvimento, emocionais e comportamentais, educacionais e de
aprendizado, além de complicações da gravidez e problemas de parto. É por isso
que alguns autores consideram a gravidez na adolescência como sendo uma das complicações
da atividade sexual (VITALLE, AMANCIO in BALLONE; 2003, p.79)
Ainda segundo as autoras,
O contexto
familiar tem uma relação direta com a época em que se inicia a atividade
sexual. As adolescentes que iniciam vida sexual precocemente ou engravidam
nesse período, geralmente vêm de famílias cujas mães se assemelharam a essa
biografia, ou seja, também iniciaram vida sexual precoce ou engravidaram
durante a adolescência (VITALLE, AMANCIO in Ballone, 2003).
Por isso,
deve-se ressaltar que todos os ambientes são importantes para a discussão desse
tema, de forma clara e natural, independente da classe social ou idade do aluno
e o envolvimento de toda a comunidade escolar se faz necessária neste processo
de construção do adolescente.
5- METODOLOGIA
Um dos momentos
primordiais durante o processo do projeto diz respeito à metodologia a ser
empregada. Nas concepções de Nossa (2005) esta etapa denota-se como um processo
interligado de procedimentos, convergidos na problemática do acesso, tratamento
e emprego dos dados e informação.
Este projeto está
fundamentado em trabalhar com os alunos da Educação Básica da Rede Estadual do
Estado de Mato Grosso do Sul do município de Nova Andradina.
Entre as diversas
possibilidades de trabalhar este tema, segue abaixo algumas possibilidades
(sugere-se sempre que possível que trabalhe em grupos), que seguirá como anexo
logo após as referências.
·
Momento
de aprendizagem: Trabalhar o sistema reprodutor com os alunos, por meio de slides, no laboratório, pesquisas.
·
Momento
de aprendizagem: História da Sexualidade – Michel Foucault. Contextualizar os
momentos históricos da sexualidade do ser humano
·
Momento
de aprendizagem: Realizar uma pesquisa (secretaria de saúde), sobre os dados
das pessoas com doenças sexualmente transmissíveis no Brasil e no município,
afim de apresentar a comunidade os dados obtidos.
·
Momento
de aprendizagem: Fazer uma pesquisa sobre a estatística das adolescentes
grávidas e analisar os dados na aula de matemática.
·
Momento
de aprendizagem: Fazer uma pesquisa com os profissionais da saúde: riscos e
perigos sobre relações sexuais, doenças sexualmente transmissíveis e gravidez
na adolescência.
· Momento de aprendizagem: Pesquisar
sobre os mais variados métodos contraceptivos femininos e masculinos (www.trabalhosescolares.net/gravidez-na-adolescencia/) e
apresentar através de flipchart, cartazes, slides, vídeos.
·
Momento
de aprendizagem: Filme: Juno. Analisar, discutir e debater sobre o filme
contextualizando com a realidade dos adolescentes. Ao final fazer uma resenha
sobre o filme
·
Momento
de aprendizagem: Palavras cruzadas, com questões sobre o tema.
·
Momento
de aprendizagem: Debate com os profissionais da educação do Município nas
escolas, fazer uma mesa redonda com enfermeiros, assistentes sociais,
psicólogos, sociólogos sobre diversos temas, por exemplo: o aborto.
·
Momento
de aprendizagem: Visita a orfanatos e asilos, para os alunos vivenciarem certas
situações na prática.
·
Momento
de aprendizagem: Elaboração de charges, gibis sobre a questão da sexualidade,
para oportunizar diversas situações para o aluno expor suas habilidades.
·
Momento
de aprendizagem: Desenhos sobre a questão da sexualidade, doenças sexualmente
transmissíveis e gravidez na adolescência, para ser feito em grupo e depois
apresentar o significado para a sala.
·
Momento
de aprendizagem: Debate sobre gêneros, (homens, mulheres, homossexuais),
debater a questão social de gênero. Filme: O sorriso de Monalisa.
·
Momento
de aprendizagem: Em grupo leitura dos textos e artigos (em anexo), sobre o tema
trabalhado para discussão, debater e elaborar uma resenha crítica para
apresentar para sala.
·
Momento
de aprendizagem: Leituras sobre legislação para discutir a questão da pedofilia
no Brasil.
·
Momento
de aprendizagem: Poema “Adolescer”, após a leitura do poema, pedir para os
alunos elaborarem um poema sobre sua sexualidade e adolescência e/ou compor uma
música, uma paródia sobre o tema.
·
Momento
de aprendizagem: Montar um questionário para aplicar com as mães - O professor deverá junto com os alunos
elaborar um questionário para que os mesmos apliquem com suas mães e avós
(neste questionário deverá conter perguntas como por exemplo: Idade que
engravidou? Já era casada? Como foi a gravidez? Maiores dificuldades? Maiores
alegrias? Se pudesse o que faria diferente? Etc
·
Momento
de aprendizagem: Montar um questionário para as alunas da escola. Estes
questionários (elaboração e respostas), deverão ser feitos junto com os alunos
(o professor não deverá trazer um questionário pronto), para que tanto as
respostas e elaboração das perguntas sejam muito bem discutidas.
·
Dinâmica:
Batata quente.
·
Dinâmica:
Flor de papel.
·
Dinâmica:
Totens
·
Dinâmica:
Casos e acasos.
·
Dinâmica:
E.T.
·
Dinâmica:
Cuidando do ninho.
·
Dinâmica:
Expressando sua sexualidade
·
Dinâmica:
Por que tanta diferença.
·
Dinâmica:
Estereótipos
5.1
- RECURSOS
Humanos:
Professores;
Diretores;
Coordenadores;
Comunidade
escolar;
Profissionais
da área da saúde do munícipio.
Materiais:
Cartolinas; Folhas sulfites; Pincéis atômicos; Lápis
de cor; Computadores; Projetores; Flip Chart; Balão; Aparelho de som; Papeis
diversos; Canetas; Canetas hidrográficas; Fita Crepe; Adereços; Revistas;
Jornais; Tesoura; Cola; Papel Crepom; Papel Manilha; Papel Cartão; Fotos.
6-
CRONOGRAMA (2017)
ETAPAS
|
Escolha do tema
|
Levantamento bibliográfico
|
Elaboração
Projeto
|
Estudo do projeto e textos propostos/
professores
|
Organização do roteiro/ professores
|
Palestras
|
Momentos de aprendizagem
|
Dinâmicas em sala
|
Apresentação dos trabalhos
|
Análise dos resultados do
projeto/professores
|
7-
REFERÊNCIAS
ABDALLAH, V.O.S. et al. Gravidez na adolescência: experiência em um
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VITALLE,
M. S. de Souza; AMANCIO, O. M. S.; Gravidez na Adolescência,
Doutoras da UNIFESP.
ANEXOS
ANEXO
I
DINÂMICA: BATATA QUENTE.
Para a realização dessa dinâmica, o professor precisará de:
- Balão;
- Aparelho de som;
- Papel;
- Caneta.
Essa dinâmica baseia-se na velha e tradicional brincadeira da batata
quente. Inicialmente o professor organizará a sala em círculo e
encherá o balão. A brincadeira começará quando o professor colocar a música. Os
alunos deverão então passar o balão de mão em mão até que a música seja
interrompida. A pessoa que estiver com o balão no momento em que a música parar
deverá responder à seguinte pergunta:
Qual método contraceptivo você usaria para evitar uma gravidez indesejada? (Pode-se adaptar
outro tipo de pergunta)
O professor deverá então analisar a resposta e ver se o método proposto
realmente impede uma gestação. Se sim, a brincadeira continua. Caso a resposta
não seja satisfatória, o balão passará a ser usado como uma “barriga de
grávida” por essa pessoa, que também deverá responder a perguntas feitas pelos
alunos a respeito de como sua vida será afetada pela gravidez. Nesse momento, o
professor poderá escolher cerca de três alunos para fazer as perguntas.
A brincadeira continua com um novo balão até que a maioria tenha
participado ou todos os métodos já tenham sido lembrados. É importante que o
professor anote todos os métodos já ditos pelos alunos. Aqueles que colocaram o
balão sob suas roupas, simulando uma gravidez, deverão ficar dessa maneira até
o fim da dinâmica.
Ao final da brincadeira, o professor deverá fazer um apanhado geral a
respeito do que foi ouvido. É importante levar dados sobre a eficácia de cada
método e quais garantem proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis. Também é fundamental que o professor
oriente os alunos a respeito de seus comportamentos de risco e a necessidade de
que os parceiros se sintam bem com o uso de um determinado tipo de prevenção.
Ao trabalhar temas relacionados com a sexualidade, o professor deve dar
total liberdade para que o aluno se expresse. É importante também que o
professor seja livre de preconceitos e com a mente aberta para responder a
qualquer pergunta feita pelos alunos.
O diálogo entre professor e aluno sobre
sexualidade pode evitar, muitas vezes, que crianças e adolescentes passem por
situações delicadas. Apesar de muitos professores não gostarem de abordar esse
tema, ele é essencial para a formação dos alunos, que, na maioria das vezes,
não possuem essas informações em casa.
ANEXO
II
DINÂMICA: CASOS E ACASOS
Objetivo:
Encorajar os adolescentes a buscarem soluções
decisivas para as situações da vida real.
O que você irá precisar:
Sala ampla e confortável que permita a
formação de grupos, folhas de papel-sulfite e folhas com situações descritas.
O que você deverá fazer:
1 - Dividir a turma em grupos de cinco
participantes.
2 - Entregar para cada grupo uma descrição de
uma situação diferente, para que o grupo discuta e tome uma decisão a respeito.
3 - Solicitar o grupo a desenvolver as
seguintes atividades:
- apontar as vantagens, desvantagens,
alternativas e consequências para cada uma das situações propostas na página
seguinte;
- identificar uma única decisão sobre o caso.
Pontos para discussão:
a) A decisão tomada pode ter consequências
graves?
b) Estar seguro de que essa decisão não
prejudicaria alguém.
c) Dificuldade para tomar a decisão.
d) Fazer uma comparação com a vida real.
Resultado esperado:
Os adolescentes terão aprendido a analisar
situações diversas, emitido opiniões e procurado tomar a decisão mais acertada,
por meio da avaliação de determinados critérios.
EXEMPLOS DE SITUAÇÕES:
FICHA PARA TOMADA DE DECISÃO
|
|
Situação nº:
|
|
Vantagens:
|
Desvantagens:
|
Alternativas:
|
Consequências:
|
Decisão:
|
ANEXO
III
DINÂMICA: CUIDANDO DO NINHO
Objetivo:
Trabalhar com o grupo as questões relacionadas com a
maternidade/ paternidade precoce e com a responsabilidade de suas ações.
O que você irá precisar:
Sala ampla e confortável, 1 ovo cru de galinha por
participante, canetas hidrográficas.
O que você deverá fazer:
1 - Marcar os ovos previamente: uma cor para o sexo feminino,
outra para o sexo masculino, duas marcas para gêmeos e um asterisco ou uma
trinca para alguma necessidade especial (deficiência).
2 - Distribuir 1 ovo por participante ou 2 ovos com a
marca de gêmeos e explicar que ele simboliza um recém-nascido que será cuidado
pelo garoto ("pai") e pela garota ("mãe").
3 - Estimular os adolescentes a personalizarem seu
"bebê", pintando um rosto, fazendo-lhe um ninho.
4 - Estabelecer o compromisso de levarem seu
"bebê-ovo" a todos os lugares a que forem, pelo prazo de tempo
estipulado pelo facilitador.
5 - Solicita-los a trazer os "bebês" no último
dia do encontro ou do curso.
6 - Anotar os depoimentos e as histórias ocorridas com o
"bebê" e com o participante.
Pontos para discussão:
a) Como o "bebê-ovo" interferiu na vida diária
de cada adolescente?
b) Que sentimentos surgiram?
c) Que dificuldades apareceram durante o processo?
d) Como foram interpretadas as quebras dos ovos?
e) Por que há pessoas sem filhos?
f) Algum "bebê-ovo" foi sequestrado? Como
evitar?
e) Que aprendizado resultou dessa dinâmica?
Resultado esperado:
Os participantes terão vivenciado o sentimento de responsabilidade
que envolve a maternidade e a paternidade precoce (ter filhos) e o cuidado com
os filhos.
ANEXO
IV
DINÂMICA: A VISITA DO E.T.
Objetivo:
Levantar questionamentos relativos à
sexualidade, desvinculados de um contexto sociocultural.
O que você irá precisar:
Sala ampla, 5 cartolinas, 5 pincéis atômicos,
fita crepe, adereço para cabeça.
O que você deverá fazer:
1 - O facilitador pedirá a todos que
caminhem pela sala.
2 - Ele avisará que chegaram E.T.s na Terra e
gostariam muito de saber sobre a sexualidade dos humanos.
3 - O facilitador comentará que apareceram 5
jornalistas para conversar com os E.T.s e colocará crachás com a inscrição
"Imprensa" em 5 participantes.
4 - Em seguida, o facilitador pedirá que se
formem 5 grupos de E.T.s, com 1 jornalista em cada grupo, sentados no chão.
5 - Esses 5 jornalistas irão registrando as
perguntas que os E.T.s fizerem sobre a sexualidade dos terráqueos.
6 - Para cada grupo, serão dados 1 cartolina
e 1 pincel atômico; e o(a) jornalista anotará os itens mais interessantes
perguntados pelos E.T.s e irá procurar respondê-los.
7- A Prefeitura também pretenderá ajudar e
enviará 5 consultores da cidade para complementar as dúvidas dos E.T.s. (nesse
caso, poderão ser envolvidos outros facilitadores da instituição).
8- Antes de finalizar, o facilitador perguntará
se as expectativas dos E.T.s foram atendidas e pedirá aos jornalistas que
afixem a matéria da reportagem (as cartolinas) na parede.
Pontos para discussão:
a) Refletir se é fácil ou não falar sobre
sexualidade.
b) Por que é fácil para algumas pessoas e
difícil para outras?
c) Com quem os adolescentes se sentem mais à
vontade para conversar sobre sexualidade?
Resultado esperado:
Ter possibilitado a verbalização de fantasias
e assuntos desprovidos das “amarras sociais”, isto é, de preconceitos,
estigmas, estereótipos e crendices.
ANEXO
V
DINÂMICA: EXPRESSANDO A SEXUALIDADE
Objetivo:
Discutir com os adolescentes as manifestações
da sexualidade.
O que você irá precisar:
Sala ampla e confortável, cartolinas, folhas
de papel, canetas coloridas, revistas, jornais atuais, tesouras e cola.
O que você deverá fazer:
Trabalho individual:
1 - Pedir aos adolescentes que pensem em algo
que tenham visto, ouvido, falado ou sentido sobre sexualidade.
2 - Solicitá-los a guardar esses pensamentos
para si. Não é necessário escrever.
Trabalho em grupo:
1 - Formar grupos de 5 adolescentes e
solicitar que conversem sobre diferentes situações em que a sexualidade é
manifestada pelas pessoas no ambiente social.
2 - Entregar revistas, jornais, folhas de papel,
canetas, tesouras e cola aos grupos.
3 - Solicitar os grupos a montar um painel
com as figuras, os anúncios e textos que estejam relacionados com a
sexualidade.
4 - Após a elaboração do painel, pedir a cada
grupo que eleja um representante para explicar como foi o processo de discussão
e de montagem do painel.
5 - Cada coordenador de grupo coloca seu
painel em uma parede da sala e explicará para o grande grupo o seu real
significado.
6 - Após as apresentações dos coordenadores,
abrir um debate com todos os participantes.
7 - O facilitador poderá fazer uma síntese
dos tópicos apresentados e incentivar a reflexão sobre essas manifestações da
sexualidade em diferentes culturas.
Pontos para discussão:
a) Por que as pessoas confundem sexualidade
com sexo?
b) De que maneiras a sexualidade pode ser
expressada?
c) Que sentimentos podem estar envolvidos na
expressão da sexualidade?
d) O que se entende por sexualidade,
sensualidade, erotismo e pornografia?
Resultado esperado:
Ter esclarecido as concepções do grupo sobre
sexualidade e suas diferentes formas de expressão.
ANEXO
VI
DINÂMICA
- Flor de Papel
Distribuir
pedaços de papel (de preferência coloridos – crepom) para cada pessoa do grupo.
O facilitador ficará com um pedaço de papel para explicar a dinâmica.
Pede-se
para que eles amassem esse papel colocando toda sua angústia, raiva, tristeza,
pensar em coisas ruins que aconteceram na sua vida, enfim, todo o seu lado
negativo deverá ser depositado ali.
Em
seguida, pede-se que eles desembrulhem aquele papel e desamassem, deixando da
forma que estava no início.
Coloca-se
a música “Como uma onda – Lulu Santos” que fala “nada do que foi será de novo
do jeito que já foi um dia…” Deixar a música tocar e pedir para que eles
prestem bastante atenção na letra.
Quando
a música terminar, o facilitador vai comparar a letra com a vida da adolescente
grávida, fazendo uma breve reflexão e mencionando que na vida podemos transformar
situações ruins, feias em coisas belas.
Em
seguida pede-se que eles olhem para o papel amassado. O facilitador vai
orientando o grupo e ensinando os passos para transformar aquele papel em uma
linda flor, sempre comparando o papel amassado e a flor transformada na vida da
adolescente grávida.
ANEXO
VII
DINÂMICA: POR QUE TANTA DIFERENÇA?
Objetivo:
Discutir como os participantes percebem os papéis sexuais
entre homens e mulheres na sociedade.
O que você irá precisar:
Sala ampla, folhas de papel sulfite, canetas, cartolinas
ou papel manilha.
O que você deverá fazer:
1 - Dividir os participantes em 6 grupos:
- 03 grupos do sexo masculino;
- 03 grupos do sexo feminino.
2 - Solicitar os 03 grupos do sexo masculino a discutirem
em subgrupos:
- as vantagens de ser mulher;
- as desvantagens de ser mulher.
3 - Solicitar os 03 grupos do sexo feminino discutirem em
subgrupos:
- as vantagens de ser homem;
- as desvantagens de ser homem.
Após a discussão, deverão preparar uma lista com as
referidas vantagens e desvantagens de ser homem ou mulher.
4 - Após a montagem da listagem, cada grupo apresenta
seus resultados.
Observação:
Nesta dinâmica de grupo, é proposital que os garotos
pensem sobre as vantagens e, às desvantagens de ser mulher e vice-versa.
Dessa forma, um sexo se colocará no lugar do outro.
Pontos para discussão:
a) Qual a origem dessas diferenças?
b) Como essas diferenças são vistas em outras sociedades?
c) Como essas diferenças afetam a vida dos homens e das
mulheres?
d) Quais das vantagens de ser homem ou mulher são reais e
quais são
Estereotipadas?
e) É possível ser homem e exercer alguns dos tópicos
listados em “mulher” e vice-versa?
f) O que significa “masculino” e “feminino”? É o mesmo
que “macho” e “fêmea”?
Resultado esperado:
Membros do grupo terão começado a pensar sobre as
diferenças dos papéis sexuais.
ANEXO
VIII
DINÂMICA: TOTENS
Materiais:
- papel cartão;
- tesoura;
- cola;
- revistas
variadas;
- fotos dos
próprios alunos.
Estratégias
1. Assistir
ao filme. (Juno, ou outro filme de interesse do professor)
2. Promover
uma reflexão sobre o filme.
3. Separar a
sala em grupos, com cinco integrantes
4. Vale
lembrar que o totem é um símbolo que identifica determinada comunidade. O
principal objetivo é contar uma história por meio de símbolos, levando-se em
conta que um totem é um animal, planta ou objeto que serve como símbolo sagrado
de um grupo social e é considerado como seu ancestral ou divindade
protetora....
5. A ideia é
que os grupos confeccionem totens representando o tema do filme e explicitando
emoções, sensações e figuras da família ou amigos através de símbolos
6. Unir dois
ou mais totens e fixá-los no teto da sala de aula.... -
ANEXO
IX
“ESTEREÓTIPOS”
Material necessário
- Acetatos ou projetor com os dilemas.
O que fazer
A atividade destinada a trabalhar
especificamente os papéis de gênero consiste em os alunos indicarem se é homem
ou mulher quem profere os textos apresentados oralmente pelo professor e
justificar a sua opinião. Este tipo de proposta de trabalho pode ser levada a
cabo em qualquer ano de escolaridade.
Texto 1
"É nestes momentos que vale a
pena ter mãe. Não perguntou nada e percebeu logo que alguma coisa grave se
tinha passado. Mandou embora a secretária e ficou de braço dado comigo até eu
ser capaz de falar. Quando acabei disse que compreendia. Não percebi bem o quê,
mas o seu olhar tão sereno e a sua voz tão doce tiveram um efeito calmante.
Oh, mãe, porque não te pedi a opinião
mais cedo, antes de tudo começar? Tenho a certeza de que me ouviras com
atenção, ou então fazias de conta que não te interessavas e eu deixava
tudo." SAMPAIO, Daniel (2001). Tudo
O Que Temos Cá Dentro. Rio de Mouro: Círculo de Leitores.
Texto 2
"Estou com uma dor de cabeça!
Daquelas que fazem a cabeça latejar. Dói de cada vez que pouso um pé no chão.
Cheguei a casa, depois de horas na
bicha, com uma única vontade: atirar-me para cima da minha cama, num quarto
escuro. E lá, ficar de olhos fechados, à espera de, apesar de tudo, conseguir
adormecer.
Mas não! Qual quê! Não sei para que é
que me dão estes ataques de ingenuidade. Mal entrei pela porta comecei a ouvir
duas vozes estridentes a berrar por mim. Antes de ter tempo de desfraldar a
bandeira branca a pedir tréguas, apanhei com a Margarida e o Rodrigo em cima,
mas a pediram, sempre a pedirem." STILWELL,
Isabel & STILWELL, Ana (2001). Diário De Uma Mãe / Diário De Uma Filha.
Lisboa: Texto Editora.
Texto 3
"Esta noite não consegui pregar
olho porque a Joana não parou de chorar e vomitou várias vezes. Não sabia se
devia ir com ela para a urgência do Hospital ou esperar até de manhã e levá-la
ao Centro de Saúde. Como se isto não chegasse, tenho hoje uma reunião que nem
sei a que horas termina e ainda por cima vão montar-me os móveis novos da
cozinha que estão encomendados há tanto tempo."
PEREIRA, Maria Manuela & FREITAS,
Filomena (2001). Educação Sexual – Contextos de sexualidade e adolescência.
Porto: Edições Asa.
ANEXO
X
ADOLESCER
“Boneca, carinhos...
Bonecos, aviões.
Cabeça confusa,
Responsabilidade, rebeldia,
Som, música, sexo, transa,
Diversão, namoro...
Indecisão, atração, enrolação...
Confusão, amor, paixão, medo.
Muito criança,
Muito adulto,
Muita responsabilidade,
Muito futuro em jogo...
Decisão certa, decisão errada...
Futuro perdido...Vida perdida,
Vida ganha,
Pensar demais, decidir demais
Vida jogada fora..., ou...
Vida vivida”.
(Tatiana Britto
da Silveira, 14 anos, Belém - Pará, 1994).
Atividade:
- Faça um poema sobre o que é ser adolescente pra você.
ANEXO
XI
Roteiro para debate: Gravidez na Adolescência.
1- Mãe adolescente considera-se responsável para cuidar
da futura criança?
2 - Se não se considera, quem cuidará da criança?
3 - Como será acompanhada a gravidez?
4 - Os estudos serão ou não serão interrompidos?
5 - Como se posicionará a mãe solteira? (Em relação à família,
aos amigos, à escola, ao trabalho?)
6 - Havendo casamento, será ou não por pressão da
família?
7 - Como se sustentará o casal adolescente?
8 - Expulsar de casa é a solução?
9 - Nossos avós casavam-se na adolescência e procriavam.
Por que?
10 - Se o pai não assumir a criança, que providências
você tomará?
11 - O que representa para você ter um filho na
adolescência?
12 - O que muda em termos
do seu projeto de vida?
ANEXO
XII
ATIVIDADES:
Entrar no site abaixo, baixar os
artigos, dividir a sala em grupos, um artigo para cada grupo, ler, discutir,
resenhar e apresentar para os demais da sala.
1.
Problemas de Gênero –
Feminismo e Subversão da Identidade. Autoria: Judith Butler
2.
História da
Sexualidade – A Vontade de Saber – Vol. 1. Autoria: Michel Foucault
3.
A Reinvenção do
Corpo: Sexualidade e Gênero na Experiência Transexual. Autoria: Berenice Bento
4.
Manifesto Contra sexual
— práticas subversivas de identidade sexual. Autoria: Beatriz Preciado
5.
Gênero, Sexualidade e
Educação – Uma Perspectiva Pós-estruturalista. Autoria: Guacira Lopes Louro
6.
Pensando o Sexo:
Notas para uma Teoria Radical das Políticas da Sexualidade. Autoria: Gayle
Rubin.
7.
Gênero: uma categoria
útil para análise histórica. Autoria: Joan Scott
8.
Gênero e sexualidade
nas pedagogias culturais: implicações para a educação infantil. Autoria: Jane
Felipe de Souza
9.
Sexualidade, cultura
e política: a trajetória da identidade homossexual masculina na antropologia
brasileira. Autoria: Sérgio Carrara e Júlio Assis Simões
10.
Gênero e sexualidade:
pedagogias contemporâneas. Autoria: Guacira Lopes Louro
11.
Quando o “estranho”
resolve se aproximar: a presença da professora transexual e as representações
de gênero e sexualidade no ambiente escolar. Autoria: Tiago Zeferino dos Santos
12.
Violência de Gênero,
Sexualidade e Saúde. Autoria: Karen Giffin
13.
Sexualidade e gênero:
ensaios educacionais contemporâneos. Autoria: Maria Rita de Assis César
14.
Educação e docência:
diversidade, gênero e sexualidade. Autoria: Guacira Lopes Louro
15.
Gênero, sexualidade e
a produção de pesquisas no campo da educação: possibilidades, limites e a
formulação de políticas públicas. Autoria: Jane Felipe
16.
Ser professora, ser
mulher: um estudo sobre concepções de gênero e sexualidade para um grupo de
alunas de pedagogia. Autoria: Ana Paula Costa e Paulo Rennes Marçal Ribeiro
17.
Diversidade sexual e de gênero na escola.
Autoria: Alexandre Bortolini
18.
O gênero nas
políticas públicas de educação no Brasil: 1988-2002. Autoria: Cláudia Pereira
Vianna e Sandra Unbehaum
ANEXO
XIII
Artigos
para serem trabalhados em sala de aula (links).
Texto: “Ser alguém na vida”: uma análise sócio antropológica da
gravidez/maternidade na adolescência, em Belém do Pará, Brasil.
Texto: A gravidez na adolescência sob a perspectiva dos familiares:
compartilhando projetos de vida e cuidado
Texto: Conflitos vivenciados pelas adolescentes com a descoberta da
gravidez
Texto: Gravidez na adolescência: um olhar sobre um fenômeno complexo
Link:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-863X2010000100015&script=sci_arttext
ANEXO
XIV
SUGESTÃO
DE ATIVIDADES PROPOSTAS PELO PROFESSORES.
Professor,
depois de ter lido o projeto e com sua prática docente e experiência, deixe
possíveis sugestões que poderiam ser trabalhada com os alunos (disciplinas,
gincanas, dinâmicas, textos, atividades, visitas etc), para que esse projeto
possa ser aperfeiçoado.
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